Papaléo protesta contra tratamento discriminatório dado ao Amapá



O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse nesta terça-feira (3) que o Amapá e a Região Norte são discriminados, tanto pela iniciativa privada quanto pelo governo federal. Ele protestou contra promessa não cumprida pela Eletronorte de investir na extensão do linhão de Tucuruí para o Amapá. Segundo o senador, o estado é o único em todo o país que se encontra em racionamento de energia elétrica e essa informação estava sendo escondida da população amapaense.

- Nós tomamos conhecimento desse racionamento na última quinta-feira, porque o jornal A Gazeta publicou a informação. O governo federal, com discurso ecológico que está fazendo hoje porque é moda, esquece de dar ao Amapá as compensações que já deveria ter dado pela preservação de 98% da sua floresta - afirmou.

Papaléo disse que a Eletronorte não comunicou o erro de previsão da quantidade de combustível necessária para o abastecimento da usina termelétrica, que complementa o fornecimento da usina hidrelétrica.

O senador explicou que a termelétrica consome cerca de 650 mil litros de óleo diesel por dia e, com a falta do combustível, a Eletronorte decidiu usar a máxima capacidade da hidrelétrica. Com isso, o nível da água ficou muito baixo, deixando o reservatório praticamente vazio. O senador assinalou que, agora, chegou o combustível, mas a termelétrica não tem capacidade para abastecer todo o estado e a hidrelétrica não tem água suficiente para gerar energia.

Na área privada, Papaléo reclamou do atendimento de bordo da empresa aérea TAM. O senador disse que quando o vôo sai de Brasília para o Sudeste e o Sul, oferecem até hambúrguer. Mas, se o vôo for de Brasília para Macapá, servem apenas "um amendoinzinho" e até a forma de tratamento dispensado aos passageiros é diferente. Ele pediu ao presidente da TAM que reveja essa discriminação.

- Parece que somos indigentes - lamentou.



03/11/2009

Agência Senado


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