Papaléo quer maior controle de infecções hospitalares
"Não é mais possível tolerarmos passivamente que vidas humanas sejam ceifadas diariamente em nossas instituições de saúde, enquanto sabemos que boa parte desses infortúnios poderia ser evitada por medidas preventivas", afirma o senador na justificação do projeto, apresentando dados de que 30% das infecções hospitalares podem ser evitadas.
Segundo Papaléo, que é médico, a infecção é a complicação mais freqüente e grave enfrentada por pacientes hospitalizados, aumentando, em média, de cinco a 10 dias a internação e elevando custos. Além disso, é a maior causa de morte durante a hospitalização.
"As conseqüências dessas infecções para pacientes e serviços de saúde são catastróficas. Os custos do tratamento de uma infecção podem chegar a US$ 1,4 mil. Para um sistema de saúde já bastante combalido como o nosso, tais ocorrências são especialmente danosas", observa o senador, que é vice-presidente da CAS.
O projeto determina que os estabelecimentos de saúde serão classificados de acordo com os riscos e a gravidade de infecção. Aqueles com risco médio ou alto terão que, de acordo com a proposta, constituir uma Comissão de Controle de Infecções na Assistência à Saúde e um Serviço de Controle de Infecções na Assistência à Saúde, com pessoal treinado especificamente na área.
05/08/2004
Agência Senado
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