Papaléo questiona postura de Lula em discursos feitos pelo país
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) criticou, nesta segunda-feira (31), a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas viagens que tem feito pelo país para liberar recursos para obras e programas oficiais e para "fazer discursos populistas e eleitoreiros que envergonham a nossa sociedade".
Papaléo condenou, principalmente, o discurso feito por Lula na quinta-feira passada (27), em Recife, no qual disse ter ligado duas vezes para o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, orientando-o a resolver a crise imobiliária que abala aquele país. Segundo Lula, a crise norte-americana estaria prejudicando o Brasil.
O representante do Amapá avaliou que o presidente brasileiro usou termos pouco condizentes com o cargo que ocupa ao se referir ao presidente norte-americano.
- Bush, resolve a tua crise. Nós ficamos sem crescer durante 26 anos, e agora que estamos crescendo, vocês vem atrapalhar, pô? Resolve a tua crise - declarou o presidente Lula aos pernambucanos, segundo relembrou Papaléo, que comparou os termos usados aos de uma "conversa de botequim".
Para o parlamentar, "o destempero" de Lula é calcado nas pesquisas de opinião, que demonstram a aprovação ao seu governo.
-Mas ele não precisa disso. É um metalúrgico bem-sucedido que chegou a presidente duas vezes e sabe que não pode ser reeleito. Tem que falar como presidente. Para mim, é como se populares em um boteco me pedissem para eu lhes pagar pinga para bater papo. Mas eu sou médico e não pago bebida em boteco - comentou.
Garibaldi
Papaléo também se referiu à entrevista do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, à revista Veja desta semana, congratulando-o pela transparência de suas palavras ao responder ao entrevistador.
-Fiquei orgulhoso, principalmente porque ele falou o que gostaríamos de falar. Muitos senadores não falam por causa dos seus compromissos político-partidários, mas Garibaldi foi feliz ao afirmar que o Congresso está agonizante e que uma das causas é a base governista, "que dá o seu voto ao governo para conseguir uma emendinha aqui e ali e um cargo para um apadrinhado" - assinalou.
31/03/2008
Agência Senado
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