PARA ACM, DEMISSÃO DE RESPONSÁVEIS POR CORRUPÇÃO NA SUDAM "É POUCO"



O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse nesta terça-feira (dia 28) que o governo não deve se limitar a demitir os reponsáveis por irregularidades na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Ele pediu a abertura de inquérito para que o país possa ser ressarcido de possíveis prejuízos decorrentes de desvios na Sudam. Em continuidade a pronunciamento feito ontem (dia 27), em que pedia providências do presidente da República sobre denúncias, o presidente do Senado Federal, Antonio Carlos Magalhães, disse ter tomado conhecimento de que o secretário-geral do Ministério do Desenvolvimento Nacional, Maurício Vasconcelos, e o superintendente da Sudam, Hélio de Almeida, teriam sido afastados dos seus cargos.

- É pouco - afirmou, defendendo ainda o afastamento dos demais diretores da Sudam. Segundo Antonio Carlos, Jader Barbalho lançou nota à imprensa em que teria dito que a diretoria da Sudam é competente, "dando seu aval àqueles por ele indicados".

Insistindo na necessidade de um inquériro para submeter corruptos e corruptores às medidas penais cabíveis, o senador disse não ter dúvidas de que, "provado que um senador participou de atos de improbidade na Sudam", o Senado dará licença para a instauração de processo contra ele.

- Temos que dar licença para processar senadores que maculam o Congresso Nacional. Este é dos que maculam. As acusações são sérias e envolvem um senador que é presidente de um partido - insistiu. Ele convidou os demais senadores a selarem um pacto: "Quando estiver em jogo minha honestidade, ponho em jogo também meu mandato. Quem não tiver vida decente que renuncie a seu mandato".

Antonio Carlos também agradeceu ao ministro do Desenvolvimento Nacional, Fernando Bezerra, pelo afastamento dos dois funcionários, mas reiterou que "o assunto não acaba com isso". O senador apelou ao presidente da República para que o assunto não seja dado como acabado e insistiu na necessidade de "apurar quem ganhava dinheiro da Sudam, quem nomeou superintendentes e ainda hoje os coloca como honestos".

28/11/2000

Agência Senado


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