Para conter violência, Paim quer pacto entre governo, sociedade e indústria de armas



O massacre de 12 estudantes na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, e a ação de um atirador que matou uma pessoa e feriu dez em Santos e São Vicente, em São Paulo, levaram o senador Paulo Paim (PT-RS) a propor ao Executivo, nesta quinta-feira (14), a constituição de uma "câmara de conciliação", com a participação do Ministério da Justiça, da Secretaria de Direitos Humanos, de setores da sociedade civil e das empresas fabricantes e vendedoras de armas.

Essas empresas, conforme o senador, têm cadastro mais atualizado dos portadores de armas do que o Executivo - daí a razão de incluí-las na discussão. O objetivo dessa câmara de conciliação, como explicou Paim, é buscar um pacto pela paz, "para salvar vida".

Campanha

Uma das providências, na sua avaliação, deve ser um combate mais contundente ao contrabando de armas e uma campanha de esclarecimento da sociedade. O ponto central dessa campanha, segundo o parlamentar, deveria ser a conscientização de que a arma não traz segurança para o cidadão comum.

Paim anunciou que na próxima segunda-feira (18), às 9h, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promoverá um debate das causas da violência e das medidas para combatê-la. Foram convidados representantes do governo e de entidades da sociedade civil, bem como psiquiatras e especialistas em educação.



14/04/2011

Agência Senado


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