Para Delcídio, crescimento brasileiro depende de reformas profundas
De volta ao Plenário, após ter se licenciado para disputar o governo de Mato Grosso do Sul, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) fez nesta quinta-feira (16) uma avaliação do cenário econômico e político do país, afirmando que o Brasil precisa de reformas profundas para alcançar o crescimento de 5% ao ano, almejado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como meta de seu segundo mandato.
Na avaliação de Delcídio, para atingir esse objetivo é necessário em primeiro lugar que o PT reconheça com humildade os erros cometidos pelo partido e os corrija, para que possa ampliar sua base e garantir a governabilidade. Para ele, é ainda imperativa a aprovação de reformas profundas, entre outras, a da Previdência, a tributária e a trabalhista, além de um arcabouço legal que regulamente a prestação de serviços públicos, dando garantias reais aos investidores. Também chamou a atenção para a falta de investimentos em infra-estrutura.
- Precisamos de uma visão ampla, ecumênica dos problemas brasileiros. Não adianta mais tapar o sol com a peneira: temos de discutir a economia, avançar nas reformas e aprimorar o embasamento jurídico. Precisamos virar essa página e fazer com que o Brasil cresça - disse.
No entendimento de Delcídio, o governo federal deve ser voltado para todos: para os menos favorecidos, para a classe média e para a elite, que não deve ser tratada de forma pejorativa, mas como um segmento que existe em todas as sociedades.
- A campanha eleitoral acabou e nós precisamos comandar o país olhando para todos os segmentos da nossa sociedade - disse
Delcídio ainda avaliou positivamente seu desempenho na campanha para o governo do estado e enalteceu a atuação do seu suplente no Senado, durante sua licença, Antônio João Hugo Rodrigues. Também registrou homenagem aprovada pelo Senado por meio de requerimento de sua autoria ao compositor Mário Zan, falecido aos 86 anos no último dia 8.
Apartearam e apoiaram o pronunciamento os senadores Paulo Paim (PT-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP), Mão Santa (PMDB-PI), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).16/11/2006
Agência Senado
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