Para DIEESE, defasagem salarial dos servidores é de 75,48%



As perdas salariais registradas pelo funcionalismo público civil desde o início do atual governo até dezembro de 2000 são de 75,48%, segundo cálculos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Esse índice tem servido de base a vários organismos ligados aos servidores, no encaminhamento das suas reivindicações à Justiça. Os servidores querem também que o governo defina uma data-base para a categoria, atualmente subentendida como sendo o mês de janeiro - inclusive pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda segundo o DIEESE, o governo federal gastou em 2000, com o seu funcionalismo público, R$ 30,5 bilhões de reais, dos quais 57% com os funcionários civis do Executivo; 23% com os militares; 3,5% com os funcionários públicos do Legislativo; 12,2% com os do Judiciário; e 4,3% com transferências intergovernamentais para o funcionalismo.

O último reajuste concedido ao funcionalismo público civil, de acordo com monografia publicada pelo DIEESE intitulada "A questão salarial dos servidores públicos federais", ocorreu em janeiro de 1995 e foi da ordem de 22,07%, concedido para cobrir uma defasagem referente ao período compreendido entre julho e dezembro de 1994, segundo o IPCr (índice já extinto).

Depois disso, o STF reconheceu que os servidores civis faziam jus a um reajuste de 28,86% concedido aos militares. O governo, contudo, protelou a medida por meio de embargos e posteriormente, após julgamento dos embargos pelo Supremo, editou medida provisória diluindo o reajuste, que acabou não sendo linear e beneficiou apenas uns poucos segmentos do funcionalismo.

09/08/2001

Agência Senado


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