PARA FOGAÇA, FIM DA CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL DEPENDE DOS ESTADOS UNIDOS



O senador José Fogaça (PMDB-RS) considerou "positivo, mas, ainda assim, abstrato", o pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, propondo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e as nações do G-7 formem uma coalizão para ajudar a América Latina a enfrentar o que ele próprio tachou de o maior desafio financeiro do mundo em meio século.Para o senador, o que está em jogo é saber se o banco central americano continuará sendo o grande regulador das taxas de juros no mundo. Ao criar uma solução institucionalizada, com representação das grandes potências do mundo, principalmente da Europa, os Estados Unidos teriam que abrir mão do controle que exercem sobre o sistema financeiro - disse Fogaça.O senador acha que, se não for concretizada uma solução institucional própria, que seria a criação de um instituto internacional de regulação da moeda que superasse o já hoje praticamente ineficiente Fundo Monetário Internacional (FMI), "fica com os Estados Unidos a responsabilidade quase que integral de regular a moeda no mundo, e é ele que tem que dar o provimento de dólares aos países emergentes".

16/09/1998

Agência Senado


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