PARA FRANCELINO PEREIRA, A SUDENE MUDOU A FISIONOMIA DO NORDESTE



O Senado prestou uma homenagem, nesta quinta-feira (dia 10), à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) pelos seus 40 anos de fundação. Autor do requerimento de homenagem e primeiro orador a falar, o senador Francelino Pereira (PFL-MG) afirmou que a Sudene mudou a fisionomia econômica e social do Nordeste. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, o presidente da Sudene e diretores da instituição estiveram presentes à solenidade.
Francelino Pereira destacou que quase 48 milhões de pessoas, mais de 30% da população brasileira, vivem na área jurisdicionada à Sudene, que soma 1,8 milhão de quilômetros quadrados, correspondentes a 20,6% do território nacional. O senador acrescentou que, em razão das características físicas, econômicas, sociais e culturais, o Nordeste tem a dimensão de um país.
Nascido no Nordeste e dizendo ser um mineiro de coração, Francelino considerou da maior importância que nordestinos e mineiros se unam para louvar os 40 anos de atuação da Sudene. "Vejo o Nordeste se estendendo até o norte de Minas, unidas as duas regiões pela seca, pela teimosia em viver de seu valente povo e pela disposição de enfrentar as adversidades e nelas temperar seu caráter" - afirmou o parlamentar.
O senador explicou que a participação de Minas Gerais na Sudene consiste em 121,5 mil quilômetros quadrados, o que corresponde a 11,2% de toda a área do Polígono das Secas e do Vale do Jequitinhonha. Nesta área, informou, encontram-se 141 municípios e uma população superior a dois milhões de habitantes, divididos em grandes, médias e pequenas cidades.
Francelino Pereira também louvou a inclusão dos municípios do Vale do Jequitinhonha na área de atuação da Sudene, em 1998, fazendo triunfar uma luta de quase meio século. Ele lembrou que, como deputado federal, apresentou em 1963 projeto nesse sentido, o qual foi aprovado, mas vetado pelo então presidente Costa e Silva. Em 1998, o projeto pelo qual ele lutou, ao lado da então senadora Junia Marise, foi sancionado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

10/02/2000

Agência Senado


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