Para Gerdau, carga tributária e leis trabalhistas antiquadas agravam crise



O empresário Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, afirmou que a melhor maneira de o setor produtivo enfrentar a crise financeira e inserir-se definitivamente no mercado internacional será pela redução da carga tributária que onera o setor. Ele também criticou a legislação trabalhista e o excesso de intervenção do Estado nessa questão. Gerdau falou aos senadores das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e Especial de Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade.

Para Gerdau, é quase um milagre que Brasil ainda tenha linha produtiva, inclusive voltada para a exportação, quando se considera a enorme carga tributária que as indústrias têm que arcar. Ele contou que seu negócio, a siderurgia, assim como o papel e a petroquímica, todos com linha de produção longa, sofrem mais com a estrutura tributária e a burocracia.

- A não competitividade do Brasil vem à tona com a crise, mas esse é um problema de décadas que nós temos e o Brasil precisa atacar esse problema a partir de uma visão estratégica, porque senão, daqui a dez, quinze anos, estaremos na mesma situação. O setor produtivo tem que estar zerado de impostos para poder competir lá fora - recomendou o empresário.

Ele também sugeriu que o Estado tutele o mínimo possível as questões trabalhistas, caso contrário, o excesso de intervenção nesse campo, acredita Gerdau, podem inviabilizar a manutenção de várias empresas.

- Nesse campo, é preciso estabelecer flexibilidade e deixar que o trabalhador e o patrão negociem. No tocante aos direitos trabalhistas, o Brasil está fora da realidade do mundo. Também é preciso que se entenda que o ônus do desemprego é do país e não da empresa.

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14/04/2009

Agência Senado


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