Para Heráclito, proposta da FGV tem aspectos positivos e negativos
Após reunião da Mesa, na manhã desta quinta-feira (14), o 1º secretário do Senado, senador Heráclito Fortes, afirmou que a proposta da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a reforma na estrutura administrativa do Casa "é boa", porém com alguns negativos.
Em entrevista aos jornalistas, Heráclito acrescentou que medidas tomadas pela presidência do Senado já resultaram em redução de despesas.
- O presidente Sarney já anunciou a redução de R$ 50 milhões [nas despesas], mas estamos pedindo R$ 70 milhões de corte - disse. Conforme observou o 1º secretário, outro objetivo das mudanças é a desburocratização.
A reformulação da estrutura administrativa da Casa, frisou o senador, seria sem efeito se eliminasse a denominação de diretor mantendo a mesma função e o mesmo salário.
- O Senado precisa de uma estrutura administrativa enxuta e voltada para a atividade fim do Parlamento - afirmou. Ele ressaltou também ser necessária a criação de um plano de carreira para os servidores da Casa.
- Temos que dar salário justo para todos e não apenas para alguns - declarou.
Diante da pergunta sobre o fato de a FGV haver recomendado, em 1996, o aumento do poder do diretor-geral, e atualmente recomendar a diminuição desse poder, Heráclito disse que "reconhecer o erro" é o primeiro ponto positivo da proposta.
Ele informou que o trabalho da FGV já está à disposição na internet. O prazo para sugestões e críticas à proposta, segundo Heráclito, tem o objetivo de evitar que amanhã os funcionários da Casa aleguem que não tiveram conhecimento.
- Não é um trabalho completo nem acabado, até por que abrimos um prazo de 30 dias para sugestões e críticas sobre a matéria - declarou o senador.
Perguntado se é possível diminuir a estrutura para sete diretorias, como propõe a FGV, Heráclito respondeu que não. Ele disse que, em 1991, havia 15 diretorias e, de lá para cá, vários órgãos foram criados, como por exemplo, a TV Senado.
Heráclito Fortes informou ainda que haverá mudanças também nos cargos terceirizados. Segundo ele, é necessário um equilíbrio entre concursados e terceirizados.
- Temos áreas críticas onde o terceirizado desempenha um papel preponderante.Não vamos acabar com o terceirizado - afirmou Heráclito.14/05/2009
Agência Senado
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