Para Jucá, caso Panamericano revela fiscalização eficiente do sistema financeiro
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), não vê nos erros contábeis detectados no Banco Panamericano nenhuma consequência capaz de causar insegurança no mercado financeiro nacional. Pelo contrário, o líder acha que a crise ali localizada revela a estabilidade da economia brasileira.
- O que ficou claro é que não há uma crise. Na verdade, há uma anticrise. É o sistema financeiro funcionando. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mostrou que o sistema financeiro brasileiro funcionou muito bem. O controlador, o responsável pelo prejuízo assumiu o prejuízo - disse o líder.
Jucá fez essas declarações logo após a entrevista que o presidente do Banco Central concedeu no gabinete da Presidência do Senado. O líder assistiu a toda a entrevista e a definiu como um momento revelador da estabilidade econômica brasileira. Ele observou que, anunciado o rombo contábil no Panamericano, o próprio Grupo Silvio Santos, via Fundo Garantidor de Créditos (FGC), fez um aporte de R$ 2,5 bilhões para cobrir o buraco.
- O Fundo Garantidor opera recursos privados, sem nenhum prejuízo para a população. Não há recursos públicos ali. É o sistema funcionando na sua plenitude, sem necessidade de recorrer ao Estado e com a supervisão do Banco Central, que agiu prontamente. Isso tudo consiste numa prova de responsabilidade e de competência do sistema financeiro brasileiro.
Indagado se houve ilícito nesse erro contábil, Jucá afirmou que o Banco Central e as auditorias que serão conduzidas agora é que vão trazer a verdade à tona.
- Independentemente de o desvio ter ocorrido, com ilícito ou sem ilícito, identificou-se um erro contábil grande, bastante volumoso e esse erro foi assumido pelo controlador [Grupo Silvio Santos]. Portanto, para o setor público e para os correntistas, não houve nenhum tipo de prejuízo. E isso é muito bom para o país.
11/11/2010
Agência Senado
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