Para Marinor, oposição até agora não mostrou a que veio



Manifestações de apoio, por ter questionado as ações do governo federal, e críticas, dos que acreditam que PT e PSDB se assemelham na direção do país, seguiram-se ao primeiro discurso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), nesta quarta-feira (5). A senadora Marinor Brito (PSOL-PA), em aparte, afirmou que a oposição até agora não mostrou a que veio, acrescentando que os programas partidários de PT e PSDB, especialmente no que se refere à macroeconomia e à forma de coordenar politicamente a distribuição de recursos, são semelhantes.

Marinor se disse impressionada com a tentativa do PSDB de se firmar como oposição quando no que é mais central, o pagamento da dívida pública que consome quase metade dos recursos do Orçamento da União, não há qualquer questionamento do partido aos métodos do governo. Também agem de forma semelhante em seus modelos de desenvolvimento energético, disse Marinor, referindo-se à construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA) que foi questionada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) em razão do deslocamento das populações indígenas.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que a elevação da carga tributária, que chegou a 35% do Produto Interno Bruto (PIB) no governo Luiz Inácio Lula da Silva, como apontou Aécio, cresceu menos, proporcionalmente, entre 2002 e 2010 do que na gestão de Fernando Henrique Cardoso. A elevação de 32% para 35% do PIB com Lula, lembrou Suplicy, veio acompanhada da diminuição da pobreza.

O senador José Agripino (DEM-RN) elogiou a atitude de Aécio de primar pelo debate construtivo, a favor do Brasil, parabenizou a intenção do senador de não buscar o confronto ou a polêmica inconsequente.

- É preciso que a oposição seja ouvida e suas ideias, respeitadas - disse.

Em sua manifestação, que mobilizou o Plenário, com dezenas de senadores que o apartearam, Aécio Neves reconheceu as vitórias do governo Lula, também mencionou os acertos do PSDB ao longo de sua na gestão na Presidência da República, mencionou ideias de como a oposição deve se portar em relação ao governo Dilma Rousseff, buscando o diálogo construtivo, e citou propostas para o desenvolvimento do país.



06/04/2011

Agência Senado


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