Para Mercadante, cenário era favorável à manutenção da paz
Na audiência realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), esclareceu aos embaixadores dos Estados Unidos e do Reino Unido a interpretação do Brasil de que o cenário era favorável para evitar a guerra e poupar a vida de inocentes. O esforço diplomático do país, afirmou, sempre esteve amparado no direito internacional, no respeito às instituições multilaterais e na tradição pacifista do país.
O Brasil, afirmou Mercadante, trabalhou pelo apoio à Resolução nº 1.441 do Conselho de Segurança da ONU, que dava uma última chance ao Iraque para se desarmar. O desrespeito de Saddam Hussein a resoluções anteriores da ONU, que levaram à imposição de sanções econômicas contra o Iraque, disse o senador, também foram apoiadas pelo país. Entretanto, diante da deflagração da guerra, o momento atual, para Mercadante, é de repensar as instituições internacionais.
- Não podemos ter um órgão sem poder como a ONU está hoje. Precisamos preservar o direito internacional. O confronto foi precipitado, sem o amparo e sem a legitimidade do Conselho de Segurança da ONU. Caso houvesse o apoio do conselho, o Brasil apoiaria o uso da força no desarmamento do Iraque - declarou.
03/04/2003
Agência Senado
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