Para Osmar Dias, voto deveria acompanhar a consciência



Por ter consciência de que a reforma da Previdência não é boa para a sociedade e para o serviço público nacional, o senador Osmar Dias (PDT-PR) pediu que os parlamentares não abandonassem o caminho da coerência e da sinceridade e -descambassem para a demagogia e a hipocrisia-.

- Deveria haver uma lei que proibisse a demagogia e a hipocrisia, que deveria valer tanto para quem é a favor quanto para quem é contra a atual reforma. Gente que recebe pessoas em seus gabinetes de um jeito e vota de outro. É isso o que desacredita a política. Temos que votar com a consciência, não em troca de ministério, de pressão do governo. Não há pressão maior que a da consciência - declarou, esclarecendo que evitou falar sobre o assunto antes por considerar que o voto contrário à reforma vale mais que um discurso.

Ele se disse contrário à contribuição dos inativos, ao subteto estadual vinculado aos salários dos governadores e às regras de transição estabelecidos na proposta do governo, por penalizarem os que se aposentariam em pouco tempo. Esses e outros pontos da reforma, na opinião do senador, devem levar a uma deterioração da qualidade da administração pública no país.

- Estou muito decepcionado, frustrado. Defendi as reformas propostas pelo governo eleito na campanha eleitoral. Não as reformas que estão no Congresso Nacional. Não acho justo que se debite as contas do déficit fiscal sobre as costas de muitos que se dedicam ao serviço público e ao país - afirmou.



26/11/2003

Agência Senado


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