Para Suassuna, convenção do PMDB transcorreu sem atropelos



A convenção do PMDB, neste final de semana, em Brasília, transcorreu sem maiores atropelos, apesar de alguns terem previsto "uma guerra civil", avaliou nesta segunda-feira (dia 10) o senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Ele informou a escolha do novo presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), e disse que o resultado obtido cria, a seu ver, a necessidade de consolidar uma chapa de união para compor a Executiva do partido.

Para o senador, o que ficou patente na convenção é que todos os peemedebistas querem uma candidatura partidária própria à Presidência da República, a ser definida em prévia marcada para 20 de janeiro.

- Acho que tudo isso nos ensinou que o PMDB continua sendo um partido pujante, vibrante e que vai buscar o seu espaço. Hoje pela manhã vi o presidente eleito na TV dando diretrizes e garantindo que o partido vai ter candidatura própria - disse. A vibração que caracterizou a convenção "não se vê em outros partidos", na opinião do senador.

Como integrante da Executiva que encerrou o mandato, Suassuna disse que se sentiu orgulhoso com o brilho do encontro, que contou com a participação de dois ex-presidentes da República, ministros e ex-ministros. Ele enfatizou sua satisfação com o fato de o ex-presidente Itamar Franco continuar no partido.

Conforme relatou Suassuna, que esteve com o presidente da República, Fernando Henrique lhe transmitiu sua alegria com o resultado da convenção e destacou que o importante é encontrar uma unidade entre os partidos que compõem o governo.

Em aparte, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) disse que, apesar de ter sido voto vencido na convenção, ela demonstrou que o partido tem raiz. O senador Nabor Júnior (PMDB-AC), no partido desde a fundação do MDB, em 1965, afirmou que a convenção foi um espetáculo "eminentemente democrático" e que a idéia de marcar a prévia para 20 de janeiro foi sua, pela necessidade de tempo para prepará-la.

10/09/2001

Agência Senado


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