Para Suplicy, geração de empregos e garantia de renda devem andar juntos
Durante a audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu que políticas de garantia de renda mínima ou de imposto de renda negativo sejam incentivadas em conjunto com programas de geração de emprego. De acordo com Suplicy, a experiência de outros países demonstra que a criação de políticas na área social não torna a economia menos competitiva.
O ministro disse que, como membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, oferece, como contribuição da sua pasta, a possibilidade de criação de emprego e renda à população. Daí, segundo Furlan, a meta de criar 2 milhões de empregos relacionados à produção nos quatro anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele afirmou que, na viagem ministerial aos locais onde há maior pobreza no país, pôde notar como o emprego dignifica os lares. E citou a criação de linhas de crédito para equipar e modernizar pequenas empresas como forma inovadora e criativa de melhorar a distribuição da renda e criar novos postos de trabalho.
Suplicy comentou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, expandiu o programa de imposto de renda negativo no país (Earned Income Tax Credit) e, mesmo assim, conseguiu reduzir o desemprego no país à metade. O senador pediu ao ministro contribuições na definição do melhor desenho dos programas que tenham em vista a erradicação da fome, para fazer com que um número cada vez maior de brasileiros participe das riquezas da nação.
Ao final da exposição inicial de Furlan, o presidente da CAE, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), pediu que o ministro preste atenção ao fato de projetos aprovados pelo Fundo Constitucional do Centro-Oeste não estarem sendo liberados pelo Banco do Brasil, responsável pela execução dos contratos de crédito. Para Tebet, a ação do banco é arbitrária. A seu ver, não seria competência da instituição de avaliar a viabilidade do empreendimento nem o BB teria no momento pessoal qualificado para essa tarefa. -Isso é um absurdo-, disse Tebet, pedindo ajuda do ministro.
01/04/2003
Agência Senado
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