Paraíso fiscal é 2º investidor no País







- Paraíso fiscal é 2º investidor no País

- Holanda e Ilhas Cayman são os maiores investidores estrangeiros no Brasil, desbancando Estados Unidos e Espanha, segundo o Banco Central. O volume de investimentos dos novos líderes no País aumentou, respectivamente, 112% e 70,6% entre janeiro e maio de 2002, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Para especialistas, o maior fluxo de investimentos vindos das Ilhas Cayman, paraíso fiscal, é explicado pela vantagem de haver cobrança menor de impostos por lá. Existe ainda uma repatriação de dólares de brasileiros, que aproveitam a desvalorização do real e voltam recursos ao País.

A Coréia do Sul atraiu grande parte dos investimentos que saíram do Brasil nos últimos meses. Enquanto os sul-coreanos recebem 20% dos investimentos destinados a países emergentes, o Brasil obteve apenas 8,82% desses recursos em junho - queda de 12% desde o ano passado. (pág. 1 e B6)

- (Vitória) - Principal foco da crise político-institucional no Espírito Santo, o deputado estadual José Carlos Gratz (PFL), três vezes presidente do Legislativo capixaba e que controla 28 dos seus 30 votos, repetirá neste ano a estratégia de ajudar no financiamento de campanha dos candidatos mais cotados. "Esses otários aqui, quantas vezes eu for deputado, eles têm de votar em mim (para presidir a Assembléia)." (pág. 1 e A13)

- "A epidemia de Aids continua a se alastrar e já se tornou uma questão importante para a segurança internacional. Os esforços precisam ser voltados para o acesso aos tratamentos anti-retrovirais, o desenvolvimento de uma vacina preventiva e a criação de programas de prevenção, tratamento e pesquisas nos países mais atingidos." (Luc Montagnier é o co-descobridor do HIV. Jerôme Bindé é diretor da divisão de antecipação da Unesco) (pág. 1 e A3)

- O governo dos EUA teme que, por conseqüência da crise das fraudes em empresas locais, a inflação do país se eleve. O banco central americano pode promover um choque de juros para conter alta dos preços.

Com as denúncias de erros contábeis, o dólar perdeu 10% de seu valor ante ao euro, o que pode estimular o reajuste de preços e afetar o consumo e o crescimento do país. (pág. 1 e B5)

- Os dois contratos que renderam à prefeitura de Santo André duas ações por improbidade administrativa movidas por promotores cíveis, com pedido de ressarcimento de R$ 46 milhões aos cofres públicos, foram considerados lícitos e arquivados pelo Ministério Público Estadual no ano passado.

As atitudes se basearam nos mesmos pareceres do Tribunal de Contas do Estado. (pág. 1 e A9)
- O início formal das conversas entre Ciro Gomes e o PFL foi dias depois da desistência de Roseana Sarney. Livre de constrangimentos, o candidato da Frente Trabalhista se reuniu com os deputados mineiros Roberto Brant (PFL) e Walfrido dos Mares Guia (PTB) numa suíte do Hotel Bonaparte, em Brasília.

Ciro e Brant entraram pela garagem para não serem flagrados pela imprensa ou por políticos indiscretos. A conversa durou três horas. O problema, depois, foi a resistência do senador Roberto Freire, principal líder do PPS, partido de Ciro.

Um pouco mais tarde, porém, Brizola (PDT), José Carlos Martinez (PTB) e o professor Mangabeira Unger, ideólogo da candidatura Ciro, reuniram-se no Rio e defenderam a aproximação e até uma aliança com o PFL. Freire ficou falando sozinho.

A aliança foi abortada pelos pefelistas que estão com José Serra e não acreditavam nas reais chances de Ciro. Mas a aproximação continuou, e os dois lados - ciristas e serristas - combinaram ser discretos até "as coisas clarearem". Leia-se: até as pesquisas clarearem as coisas. (...) (Eliane Cantanhêde) (pág. A2)


Colunistas

PAINEL

Pimenta da Veiga (PSDB-MG), coordenador da campanha presidencial de José Serra, gastou antes de deixar o cargo, em abril, toda a verba de publicidade do Ministério das Comunicações prevista para este ano.

  • Depois da crise do ES, a OAB quer intervenção federal em SP. Advogados paulistas prometem lotar o auditório do STF no dia 7 de agosto, quando serão julgados três pedidos de intervenção. A dívida de Alckmin com precatórios é de R$ 10 bilhões.

  • A Câmara de Santo André, onde corre a CPI que apura denúncia de propina para a campanha do PT, comprou em 99 um painel eletrônico por cerca de R$ 100 mil. O aparelho quebrou após três meses de uso e, desde então, nunca mais foi usado. (pág. A4)


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    07/14/2002


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