SUPLICY NÃO ACREDITA NA EXISTÊNCIA DE CONTA EM PARAÍSO FISCAL



"Conheço Fernando Henrique desde os anos 60. Para mim, seria algo totalmente fora de qualquer expectativa a mencionada conta bancária." A afirmação é do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), pouco depois que o senador Djalma Falcão (PMDB-AL) se disse convicto de que o envolvimento do governo com uma empresa fantasma nas Ilhas Cayman "não passa de uma armação". Suplicy lembrou nesta terça-feira (dia 10) que teve um relacionamento próximo com Sérgio Motta, conhecendo bem Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Mário Covas, daí por que não acredita nas denúncias de seu envolvimento com a formação de uma empresa fantasma nas Ilhas Cayman. Mas sustentou que os fatos devem ser analisados com responsabilidade, visto que Lafaite Coutinho, "que tanto empenhou-se na revelação desses fatos", foi presidente do Banco do Brasil e sabe o que são documentos bancários. Na opinião de Suplicy, o presidente da República e os outros mencionados no noticiário devem ajudar a examinar o caso em profundidade, para que se estabeleça a responsabilidade de quem forjou esses documentos. No seu entender, o Senado tem também o dever de examinar o assunto. Como líder do PT, Suplicy conjeturou que o responsável por esses fatos quis desestabilizar não o presidente da República, mas o Brasil.

10/11/1998

Agência Senado


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