Parlamentares de Brasil e México se unem pela integração latino-americana



Parlamentares de Brasil e México que participaram da 2ª Reunião Interparlamentar comprometeram-se, em comunicado conjunto, a ampliar os esforços de integração entre os dois países. Chefiada pelo presidente do Legislativo mexicano, senador Carlos Navarrete, e pela presidente do Partido Revolucionário Institucional (PRI), deputada Beatriz Paredes, a comitiva, formada por nove senadores e 10 deputados, participou de painéis que avaliaram os diversos aspectos da vida legislativa, social e econômica brasileira.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado brasileiro, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), abriu o encontro, realizado na quarta-feira (5). Em seu discurso, destacou a importância da diplomacia parlamentar na busca de consenso entre os povos e lembrou que Brasil e México possuem traços comuns.

- Somos gigantes por natureza. Temos imensos recursos naturais, grandes populações e, igualmente, desafiadores problemas, como a desigualdade econômica entre os mais favorecidos e os mais pobres, os quais enfrentamos com soluções inovadoras e práticas - disse o senador.

O senador Eduardo Azeredo lembrou a solidez das instituições democráticas dos dois países:

- Somos economias diversificadas e fortes. A importância de México e Brasil nos organismos internacionais é crescente, o que amplia o prestígio de nossos países, mas também as nossas responsabilidades. Estamos em uma região em que os desafios da desigualdade social e econômica precisam ser vencidos. Necessitamos gerar renda e empregos, procurando minimizar os efeitos daninhos com um maior respeito à natureza - afirmou.

Azeredo destacou a importância do Acordo Estratégico firmado entre as duas maiores nações da América Latina e afirmou que o pacto ampliará, sem dúvida alguma, a integração continental. Alertou que, por enquanto, o fluxo comercial é incompatível com dimensão e dinamismo das duas maiores economias da América Latina.

- Em 2008, ano de maior desempenho, as trocas comerciais chegaram a 7,4 bilhões de dólares. Mesmo assim, representou apenas cerca de 2,1% das importações e 1,7% das exportações brasileiras. Os percentuais para o México foram semelhantes - informou.

O presidente da CRE reconheceu que o processo de integração necessita levar em conta as necessidades estratégicas de cada país, com uma transição que proteja os setores da economia mais frágeis, mas alertou que o protecionismo não deve perdurar.

- Faremos tudo para que tratamento justo seja recíproco e permanente. Somos gigantes em vários setores, inclusive no midiático. Atualmente, os investimentos mexicanos no Brasil são da ordem de 17 bilhões de dólares. Nesse ponto, estamos abaixo, com valores da ordem de 1,1 bilhão de dólares. Nos próximos anos serão quadruplicados, em função de novos empreendimentos em indústrias de base, o que deverá elevar o total para cerca 4,1 bilhões de dólares - afirmou o senador.

Azeredo disse, ainda, que interesses sociais, políticos e econômicos unem México e Brasil. E pediu: "que esta interparlamentar sirva para ampliar os laços e ampliar nossa presença positiva no mundo."



06/05/2010

Agência Senado


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