Interesse por maior integração marca reunião de parlamentares do Brasil e México



O fortalecimento das relações entre Brasil e México envolve desde a ampliação do fluxo comercial entre os dois países até a busca conjunta de estratégias de redução de desigualdades sociais e de fortalecimento da proteção ambiental. A opinião foi expressa pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ao abrir, na manhã desta quarta-feira (5), a 2ª Reunião Interparlamentar México-Brasil.

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Primeiro a falar pela delegação mexicana, o presidente do Senado do México, Carlos Navarrete, destacou desafios semelhantes enfrentados pelos dois países e a disposição dos parlamentares de contribuir para a construção de soluções adequadas ao contexto latino-americano. Conforme informou Navarrete, a delegação mexicana reúne representantes dos sete partidos políticos representados no Congresso do México.

Ao lembrar que essa segunda reunião interparlamentar acontece seis anos após a primeira, realizada no México, Navarrete manifestou a expectativa de que os encontros do grupo passem a ser regulares. Antes da reunião, os parlamentares mexicanos foram recebidos pelo presidente do Senado brasileiro, José Sarney.

Ao longo do dia, conforme informou Azeredo, os parlamentares brasileiros e mexicanos trocarão experiências sobre o funcionamento dos parlamentos e discutirão aspectos da relação estratégia e de cooperação entre os dois países, que envolvem aspectos como migração, segurança e desenvolvimento tecnológico. Também discutirão assuntos regionais e globais, como o enfrentamento de conseqüências doaquecimento global.

Desafios

Para Azeredo, Brasil e México guardam diversas semelhanças, como a extensão territorial, o tamanho de suas populações e a existência de desigualdades sociais. Ele destacou ainda, como aspectos comuns, as existência de instituições sólidas e a força de suas economias. Destacando interesses comuns, o senador disse ser necessário ampliar as relações comerciais.

- O fluxo comercial entre Brasil e México é incompatível com a dimensão e o dinamismo das duas maiores economias da América Latina. Em 2008, ano demelhor desempenho, as trocas comerciais com o México representaram apenas 2% das importações e 1,7% das importações brasileiras - exemplificou ele.

A necessidade de maior integração econômica também foi defendida por Carlos Navarrete. Ele destacou ainda, entre os assuntos que constam da agenda de trabalho do grupo, a defesa de questões referentes à proteção dos direitos dos migrantes.

Entre os parlamentares brasileiros presentes à reunião estavam os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Heráclito Fortes (DEM-PI), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Eduardo Suplicy (PT-SP), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Augusto Botelho (PT-RR), Neuto de Conto (PMDB-SC), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Roberto Cavalcanti (PRB-PB), Pedro Simon (PT-RS) e Renato Casagrande (PSB-ES).

Iara Guimarães Altafin / Agência Senado



05/05/2010

Agência Senado


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