Parlamentares prometem obstruir votação do Orçamento se não houver reajuste para aposentados



O senador Paulo Paim (PT-RS) disse, nesta quinta-feira (22), que os parlamentares defensores do reajuste de 11,7% para aposentados e pensionistas que ganham acima do mínimo estão dispostos a fazer um acordo quanto à votação do Orçamento para 2012 se a presidente Dilma Rousseff se comprometer a implementar uma política permanente de recomposição dos benefícios a partir do ano que vem. Do contrário, prometem tentar obstruir a votação do Orçamento.

- Nós queremos votar o Orçamento, mas o governo tem que fazer um gesto e receber os representantes dos aposentados. Nessa reunião, podemos ajustar que teremos a partir do ano que vem uma política permanente de recuperação dos benefícios dos aposentados e pensionistas - disse o senador.

No começo da manhã, Paim e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), se reuniram, primeiro com representantes de aposentados e pensionistas, e, em seguida, com o vice-líder do governo no Congresso Nacional, deputado Gilmar Machado (PT-MG).

Segundo Paulo Pereira da Silva, a política de reajustes acima da inflação foi uma das promessas da presidente Dilma Rousseff durante a campanha à presidência em 2010.

- Nós achamos que todo mundo em volta da presidente Dilma está sem crédito, porque até hoje não resolveram. A presidente tinha um compromisso de discutir durante o ano de 2011 essa política e não fez - afirmou.

A polêmica sobre o reajuste é um dos empecilhos para a aprovação do Orçamento 2012 (PLN 28/11). A oposição quer 11,7%, correspondente à correção da inflação, mais um aumento real. O relatório final do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) garantiu apenas a reposição inflacionária de 6,3%.

A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) está reunida para tentar votar o relatório final da proposta orçamentária.



22/12/2011

Agência Senado


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