PARTICIPAÇÃO ESTRANGEIRA NA PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA PREOCUPA MOZARILDO



O senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) manifestou preocupação com os programas de proteção à floresta amazônica que incluem participação financeira dos países do G-7 (sete países mais ricos do mundo). Ele vê risco de ameaça à soberania nacional.
- Devemos ter cuidado e analisar bem esses planos mirabolantes de ajuda, para que não se tornem verdadeiros cavalos de Tróia, a serviço da exclusão da soberania nacional sobre uma parte de nosso território - alerta.
O Programa-Piloto de Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7) negociado a partir de 1990, com ajuda técnica e financeira do G-7, é um dos projetos que, segundo Mozarildo, merecem a atenção das autoridades e precisam ser mais divulgados perante à sociedade. O PPG-7 inclui projetos estruturais relativos ao zoneamento, controle e fiscalização e educação ambientais. "Inclui também projetos visando à participação das comunidades locais e de organizações não-governamentais na criação e na difusão de modelos próprios de desenvolvimento sustentável".
Mozarildo explica que o desenvolvimento sustentável é, antes de tudo, uma questão social. "É inegável a urgência da integração à cidadania brasileira daqueles que vivem à margem da economia e dos benefícios do progresso. Não cabe na cabeça de qualquer pessoa sensata a idéia radical de que a preservação da floresta deva ter prioridade sobre o desenvolvimento do ser humano que habita a floresta".
O senador por Roraima adverte que o governo brasileiro não tem se preocupado em tornar públicas as iniciativas realizadas no âmbito do PPG-7. "A falta de transparência do programa me preocupa. Na página da Internet, mantida pelo Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia legal, a "situação atual" refere-se a maio - pasmem os senhores - de 1996! Não é justo que queiramos saber como anda o Programa, pelo menos até julho de 1999?", pergunta.
Mozarildo também afirma que a qualidade de qualquer ação estatal não se limita à competência administrativa. "Ela abrange a capacidade de levar a todos os cidadãos a correta informação das ações e dos gastos do governo. Apoio o PPG-7, mas com cautela. Que venham recursos, mas que seja preservada nossa soberania e que haja transparência e responsabilidade do Estado perante o povo".

21/01/2000

Agência Senado


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