Patrícia Saboya defende investimento em educação para erradicar trabalho infantil



A senadora Patrícia Saboya (PPS-CE) afirmou que o investimento maciço em educação é o melhor caminho para erradicar o trabalho infantil. O governo, frisou a senadora, deve investir na melhoria da qualidade do ensino para que as escolas possam oferecer a todas as crianças os instrumentos necessários para que elas possam exercer melhor sua cidadania e contribuir para o desenvolvimento do país.

- Meninos e meninas que trocarem o batente por uma ambiente educacional dinâmico e moderno estarão, de fato, rompendo com o círculo vicioso da pobreza. Não se trata de utopia. Melhorar a qualidade da educação brasileira é uma tarefa que não pode mais ser adiada - afirmou Patrícia Saboya.

A data de 12 de junho, escolhida pelas Nações Unidas como o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, deve ser encarada, disse a senadora, como um momento de reflexão e de busca de soluções para este problema, que afeta milhões de crianças no Brasil. Ela informou que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), dos 5,5 milhões de meninos e meninas entre 5 e 17 anos que trabalhavam no país em 2001, mais de um milhão estavam fora da escola.

Mesmo reconhecendo que ao longo dos últimos anos o país avançou na tarefa de livrar milhares de crianças de atividades insalubres, conduzindo-as de volta às salas de aula, Patrícia Saboya observou que esses avanços só foram possíveis porque se consolidou, entre as autoridades públicas e parte da população, a convicção de que erradicar o trabalho infantil significa romper com o círculo vicioso de pobreza e miséria que atinge milhões de famílias brasileiras.

Patrícia Gomes ressaltou que para enfrentar a questão da utilização de crianças e adolescentes como mão-de-obra barata é necessário que o governo adote medidas capazes de gerar emprego e renda para toda a família. Ela disse ainda que é imprescindível concentrar esforços em ações como a jornada ampliada, que assegura a permanência de meninos e meninas em atividades na escola durante os dois turnos.



13/06/2003

Agência Senado


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