PATROCÍNIO QUER QUE O GOVERNO RETOME CAMPANHAS PARA COIBIR O CONSUMO DE ÁLCOOL



O senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) criticou nesta terça-feira (dia 24) a falta de uma política governamental de combate ao alcoolismo e defendeu a retomada de campanhas preventivas contra o consumo de álcool. O alcoolismo, segundo informou, já afeta 15% da população brasileira.

Patrocínio disse que o Senado Federal está fazendo sua parte para combater o alcoolismo, lembrando que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) acaba de aprovar projeto que restringe a publicidade de produtos derivados do álcool e do fumo, proibindo o anúncio de bebidas em rádios, televisões, cinemas, jornais, revistas, impressos, outdoors, cartazes, displays, equipamentos para acampamentos e brindes promocionais. Além disso, acrescentou, a proposta determina que as embalagens tragam advertência explícitas sobre os malefícios que o álcool causa à saúde.

O senador citou dados sobre os danos causados pelo consumo de álcool, informando que pesquisa do Detran envolvendo 865 vítimas de acidentes de trânsito em Brasília, Curitiba, Recife e Salvador revelou que um terço delas havia ingerido uma quantidade excessiva de álcool. Ele acrescentou que, em internações hospitalares e psiquiátricas, de acordo com dados fornecidos por hospitais em várias regiões do país, em 1991, entre 9% e 32% dos leitos eram ocupados por pacientes que apresentavam consumo abusivo de bebidas alcoólicas.

- Nessa linha, destacam-se os acidentes de trânsito e de trabalho, violência e baixa produtividade na escola e no emprego. Surgem até evidências apontando para a correlação direta entre o aumento de consumo de álcool e crescimento de óbitos por cirrose, homicídios e suicídios - salientou o parlamentar.

Carlos Patrocínio quer que o governo exerça uma função profilática para reverter a tendência crescente do alcoolismo no país. Ele indagou quais os reais motivos que levaram o Executivo a suspender as campanhas contra o consumo de álcool.

- O Estado não pode fingir que o assunto não lhe toca de perto - afirmou o senador.

24/10/2000

Agência Senado


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