Patrocínio reivindica reajuste salarial digno para o servidor público
Patrocínio afirmou não estar pregando a desobediência à Lei de Responsabilidade Fiscal nem tampouco abuso nos gastos públicos. Não é possível, porém, acrescentou ele, aceitar uma situação em que aposentados, idosos, pensionistas, viúvas e servidores públicos continuam a ter suas fontes de renda defasadas enquanto as tarifas públicas crescem, a inflação, embora pequena, vai se acumulando e a carga tributária aumentando.
Na opinião do senador, é possível obter recursos para cobrir o reajuste do funcionalismo combatendo a inadimplência, a fraude e a sonegação fiscal. Também é possível, sugeriu, vender os imóveis da União - são 3 milhões de unidades, avaliadas em R$ 400 bilhões. Muitos desses imóveis não são utilizados diretamente no serviço público e produzem um rendimento desprezível em relação ao seu valor, numa transferência disfarçada de recursos públicos para mãos de particulares, advertiu.
- Se esse patrimônio fosse racionalmente explorado, teríamos cerca de R$ 500 milhões mensais, suficientes para reforçar as finanças públicas e possibilitando conceder reajuste digno para os servidores públicos - não os anunciados 3,5% - e fazer face a outros gastos sociais - propôs o senador.
Em apartes, os senadores Geraldo Cândido (PT-RJ), Casildo Maldaner (PMDB-SC) e Arlindo Porto (PTB-MG) afirmaram que o reajuste de 3,5% para os servidores públicos federais, anunciado pelo governo, não pode ser aceito.
Também em aparte, o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT), na qualidade de presidente da Comissão Mista de Orçamento, anunciou a formação de uma subcomissão com a função específica de encontrar fontes para custear um reajuste adequado para os servidores públicos "que deverá ser bem superior a esse percentual anunciado pelo governo", afirmou.
21/08/2001
Agência Senado
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