PATROCÍNIO REIVINDICA UNIVERSIDADE FEDERAL PARA O TOCANTINS



A criação de uma universidade federal no estado do Tocantins foi reivindicada hoje (dia 14) pelo senador Carlos Patrocínio (PFL-TO). Ele considera "incompreensível" que 10 anos depois de sua criação, o Tocantins ainda não disponha de uma instituição federal de ensino superior.

- Contamos com a sensibilidade do presidente Fernando Henrique e do seu ministro da Educação, Paulo Renato, para que não seja necessária uma marcha de estudantes do Tocantins a Brasília, pressionando as autoridades com o objetivo de que seja criada a Universidade Federal do meu estado - alertou.

Carlos Patrocínio também aplaudiu a iniciativa dos congressistas, que, atendendo ao pleito dos professores universitários em greve há 45 dias, suprimiu, em sessão conjunta realizada na madrugada do último dia 12, o artigo 6º da Medida Provisória 1.657, que instituía a bolsa de incentivo à docência.

Apesar de o ministro Paulo Renato haver afirmado que a supressão deste artigo representará uma perda de aproximadamente R$ 30 milhões para os docentes das universidades federais, Patrocínio, bem como os senadores Josaphat Marinho (PFL-BA) e Arlindo Porto (PTB-MG) concordaram que essa medida ampliará consideravelmente as possibilidades de entendimento entre os professores das universidades federais em greve e o Ministério da Educação.

Paulo Renato declarou que a eliminação da bolsa de incentivo à docência foi um equívoco e deveu-se a pressões das oposições. No entanto, Patrocínio considera que o atendimento dessa reivindicação poderá contribuir decisivamente para que o MEC abra as negociações com os grevistas, permitindo que os estudantes possam voltar imediatamente às aulas. "Considero justas as reivindicações dos docentes, mas não podemos esquecer que os alunos estão sendo prejudicados", disse.

Também Josaphat Marinho acredita que a supressão do artigo 6º permitirá que o Ministério da Educação encontre soluções mais abrangentes para as dificuldades do ensino superior público no país. Segundo ele, "o MEC tem de superar o formalismo e o ministro Paulo Renato é capaz de faze-lo".

Por sua vez, o senador Arlindo Porto informou que neste final de semana, integrará um grupo de políticos de seu estado que se encontrarão com os sete reitores de universidades oficiais de Minas. Ele esclareceu que o objetivo do encontro será a elaboração de um documento para ser entregue ao ministro da Educação, contendo propostas para a melhoria do ensino nas universidade federais brasileiras..

Já o senador Gérson Camata (PMDB-ES) considera que as autoridades da área de educação devem preocupar-se em dar mais do que melhores salários para os professores. "O que é preciso - afirmou - é dotar as universidades brasileiras de qualidade de ensino".

Ele citou levantamento realizado por uma publicação de circulação nacional, segundo a qual a universidade pública brasileira é das mais caras do mundo. De acordo com essa revista, disse ele, "sairia mais barato se o governo mandasse todos os estudantes das universidades federais brasileiras estudar na Inglaterra".



14/05/1998

Agência Senado


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