Paulo Bauer aponta medidas urgentes e necessárias para o país



O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) apontou, nesta quinta-feira (1º), uma “série de desafios” que o país precisa enfrentar neste segundo semestre. Segundo ele, o governo precisa tomar medidas urgentes para atender às cobranças da sociedade.

– O que o Brasil quer é uma mudança de postura – afirmou o senador.

Paulo Bauer lembrou as recentes manifestações populares que cobraram mais qualidade nos serviços públicos e mais responsabilidade dos políticos. Ele observou que o Congresso “ouviu o povo” e agilizou várias medidas como a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011, que retirava poder de investigação do Ministério Público, a transformação da corrupção em crime hediondo, a destinação de recursos do pré-sal para educação e saúde e o fim do segundo suplente para senador.

Bauer ponderou que essas medidas, no entanto, não interferem de imediato na vida da população. Em sua visão, transformar corrupção em crime hediondo “não é favor” e retirar o segundo suplente de senador não muda a vida das pessoas. Ele acrescentou que os recursos do pré-sal só vão fazer efeito a médio e longo prazo.

– É imperioso e urgente que o governo federal adote medidas que não sejam eleitorais – frisou o senador.

Paulo Bauer considera urgente uma reformulação do pacto federativo. Ele explicou que a concentração de recursos no governo federal não permite que estados e municípios resolvam seus problemas sem pedir ajuda a Brasília. Também cobrou menos burocracia, com governos menores e transferência da modernização da infraestrutura para a iniciativa privada. Saúde, educação e segurança, disse, devem ser o foco dos governos.

– Os brasileiros não querem favor do governo. Não querem depender eternamente de programas de transferência de renda – declarou.

Na opinião de Bauer, a política econômica precisa de ajustes urgentes. O senador disse que o Ministério da Fazenda precisa ter "luz própria” e força para conter o risco de inflação e garantir a estabilidade conseguida pelo Plano Real – implantado em 1994 pelo então presidente Itamar Franco (1992-1994).

O senador criticou a falta de política industrial e o excesso de medidas provisórias. Ele elogiou o novo rito para a apreciação de vetos, em que o Congresso deverá se reunir uma vez por mês para analisar os vetos da Presidência da República. O senador ainda cobrou uma reforma política concreta, “que vá além da retórica”.

– A reforma política é responsabilidade do Congresso Nacional e de mais ninguém. É preciso que esta casa assuma sua responsabilidade – acrescentou.



01/08/2013

Agência Senado


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