Paulo Davim alerta sobre riscos da revalidação de diplomas estrangeiros de medicina



O senador Paulo Davim (PV-RN) manifestou-se contra a revalidação de diplomas de graduação em medicina obtidos em alguns países da América do Sul. Segundo o parlamentar, que discursou em Plenário nesta quarta-feira (25), em países como a Bolívia, por exemplo, a carga horária para a formação de médico, de apenas três mil horas, é de menos da metade da estabelecida nas escolas faculdades brasileiras, que é de 7,2 mil horas.

— Posso garantir que o médico formado no Brasil é um médico bem formado. E não adianta tentar trazer ou importar profissionais da medicina de países outros, através da simplificação do processo de revalidação de diplomas estrangeiros, para atender a necessidade da população brasileira porque vamos oferecer um profissional mal qualificado — disse.

Baseando-se em informações obtidas em audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), realizada ontem para discutir a escassez de médicos no interior do Brasil, Paulo Davim chamou a atenção para o fato de que o país tem, de acordo com padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma quantidade de médicos suficiente para atender a população.

O problema, segundo ele, é que estes profissionais encontram-se concentrados nos grandes centros, longe das cidades do interior. De acordo com o parlamentar, o Brasil tem proporcionalmente mais médicos até mesmo do que países desenvolvidos como Estados Unidos e Canadá.



25/04/2012

Agência Senado


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