Paulo Hartung defende candidatura do Bloco Oposição à Presidência do Senado



O Bloco Oposição ainda não decidiu se vai disputar a Presidência do Senado - acordo nesse sentido pode ser fechado hoje à tarde em reunião da bancada oposicionista -, mas o líder do PPS na Casa, senador Paulo Hartung (ES), está defendendo o lançamento da candidatura do senador Jefferson Péres (PDT-AM). Segundo Hartung, a formação pessoal, o equilíbrio, a respeitabilidade e a boa trajetória política do senador pedetista o credenciam a concorrer ao cargo.

Embora não represente a posição oficial do partido, Hartung diz que sua proposta tem o apoio do senador Carlos Wilson (PPS-PE). Já o presidente do PPS, senador Roberto Freire (PE), preferiu não se pronunciar antes de uma decisão formal da bancada oposicionista. De qualquer forma, o líder partidário comentou que Freire estaria colocando dúvidas sobre o vigor dessa estratégia.

Paulo Hartung contesta, entretanto, que o Bloco Oposição pretenda, caso adote a medida, quebrar a tradição na eleição para a Presidência da Casa, baseada na indicação do candidato pelo partido majoritário. "O problema é que a base governista implodiu e obrigou a Oposição a apresentar uma alternativa à disputa entre caciques", explicou, em alusão às divergências entre o Presidente do Senado, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e o presidente do PMDB, senador Jader Barbalho (PA).

Quanto às discordâncias sobre o lançamento da candidatura Jefferson Péres na própria na base oposicionista - os senadores petistas José Eduardo Dutra (SE) e Tião Viana (AC) seriam contrários à proposta -, Hartung considera esse processo "salutar". "O importante é que a posição majoritária no bloco será acompanhada por todos", disse. De acordo com o líder socialista, 16 parlamentares estão aliados à linha oposicionista no Senado. São seis votos do PT, três do PPS, três do PSB, três do PDT e um do PV.

Em entrevista no início da tarde, Hartung disse confiar em que a oposição lançará o nome de Jefferson Péres:

- Dizem que é uma postura ingênua, que marcar posição não é uma atitude esperta entre políticos. Ora, ninguém quer bancar esperto, queremos elevar o nível do debate - acrescentou.

30/01/2001

Agência Senado


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