Paulo Okamotto poderá depor na CCJ em setembro



Já está pronto requerimento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que convida para depor na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto. O pedido deverá ser apresentado na primeira semana de setembro, início do segundo esforço concentrado do Congresso Nacional para votações e funcionamento das comissões permanentes antes das eleições. Okamotto é acusado de ter pagado, em 2004, dívida de R$ 29,4 mil do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão de Tasso Jereissati de convidar Paulo Okamotto para depor na CCJ - segundo informações do gabinete do senador - foi tomada depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo na semana passada, relatou uma conversa entre ele e Okamotto, antes do pagamento da suposta dívida. "Quer pagar, você paga, porque eu não vou pagar, porque não devo ao PT", disse Lula na entrevista.

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos- já encerrada- Okamotto, que se diz amigo de Lula, garantiu que o presidente não teve qualquer conhecimento do pagamento da dívida. Mais: ao depor pela primeira vez na CPI, confirmou que havia pagado uma dívida de Lula junto ao PT, mas negou tal afirmação em um segundo depoimento, na mesma CPI. Tais declarações conflitantes, segundo a oposição, abrem caminho para uma nova vinda de Okamotto ao Senado, desta vez na CCJ. Mas na qualidade de convidado, e não na de convocado, Okamotto não é obrigado, na forma da lei, a comparecer para depor.

O gabinete do senador Tasso Jereissati também informa que o PSDB e o PFL irão ingressar no Ministério Público Federal com uma representação contra Paulo Okamotto. Os partidos alegam que ele cometeu "falso testemunho" ao depor na CPI dos Bingos, em virtude de suas contradições. Os advogados de ambos os partidos já estão trabalhando na minuta da representação.



16/08/2006

Agência Senado


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