Paulo Paim cobra ação do governo contra bloqueio argentino aos calçados do Rio Grande do Sul



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A barreira imposta pelo governo argentino aos produtos do setor calçadista brasileiro será tratada em reunião de empresários com o governo na quarta-feira (27), anunciou em Plenário o senador Paulo Paim (PT-RS).

O país vizinho tem desrespeitado acordos comerciais, prejudicando os empresários brasileiros. Paim salientou que a indústria do Rio Grande do Sul deixou de exportar para a Argentina um milhão de pares de calçados, que são barrados na fronteira. Além disso, alertou Paulo Paim, o bloqueio pode causar demissão de trabalhadores.

- Espero que a gente encontre assim uma saída rápida, objetiva, para essa questão tão importante que interessa a todos nós - afirmou Paim nesta terça-feira (26).

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a retenção dos calçados na fronteira já causou prejuízos de US$ 13 milhões aos produtores brasileiros. Alguns calçados estão parados na fronteira desde julho, quando o prazo máximo para a liberação de mercadorias, estipulado pela Organização Mundial de Comércio (OMC), é de 60 dias.

A retenção dos calçados na fronteira é causada por uma atitude protecionista do governo da Argentina, que exige Declarações Juramentadas Antecipadas de Importação (DJAIs) para a liberação dos produtos, segundo a Abicalçados. O presidente executivo da associação, Heitor Klein, alerta na página mantida na internet pela associação que o setor calçadista está perdendo empregos. "A Argentina ainda é o nosso segundo principal mercado e não podemos assistir à deterioração deste importante mercado", afirma Klein em entrevista ao site da Abicalçados.

Fator previdenciário

O senador também cobrou da Câmara dos Deputados a votação de projeto de sua autoria que acaba com o fator previdenciário, mecanismo que chega a reduzir pela metade o valor que o trabalhador recebe após a aposentadoria.

Ele ainda defendeu a manutenção das garantias da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT.

E declarou apoio ao fim do voto secreto em toda e qualquer votação no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas, na Câmara Distrital e nas Câmaras de Vereadores, como prevê a Proposta de Emenda à Constituição 43/2013, a ser votada em segundo pelo Plenário do Senado nesta terça.



26/11/2013

Agência Senado


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