Paulo Paim nega que governo pretenda acabar com o 13º salário
O senador Paulo Paim (PT-RS) ocupou a tribuna na tarde desta quinta-feira (8) para desmentir que o governo tenha a intenção de propor a extinção do 13º salário pago aos trabalhadores das pequenas empresas. A informação foi divulgada por meio do site de uma agência de notícias, mas não tem fundamento, conforme o senador ouviu do ministro do Trabalho, Jaques Wagner, com quem conversou ao telefone pouco antes de fazer seu pronunciamento.
- Só quem ganha salários consideravelmente baixos sabe da importância do 13º salário para que suas famílias tenham ceia de Natal mais decente no final do ano. Considero o 13º intocável - declarou Paulo Paim.
De acordo com a agência, a medida teria a simpatia do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O senador considera um erro invocar o ponto de vista econômico para defender o fim do 13º, pois ele é importante para aumentar as vendas de fim de ano da indústria e do comércio. -Esta proposta seria incabível num governo do PT-, acrescentou.
No mesmo discurso, Paulo Paim aplaudiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela indicação do primeiro negro para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, o procurador Joaquim Benedito Barbosa Gomes. Também apoiou a decisão do presidente de pedir à liderança do PT no Senado que solicite o arquivamento do projeto que flexibiliza as leis trabalhistas, que tanta polêmica provocou no ano passado.
Por fim, o senador do Rio Grande do Sul esclareceu que não foi autor da ação, recentemente aceita pelo Conselho Federal de Justiça, que pede a correção das aposentadorias do INSS pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), e não pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A ação foi movida em 1997 pela Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, inconformada com a decisão do governo de mudar para o INPC a correção, uma vez que o valor das contribuições dos trabalhadores continuou sendo corrigido pelo IGP-DI. Paulo Paim deu todo apoio à confederação, que reivindica uma diferença de 25%. -Por isso, não é verdade que vou ganhar dinheiro com a ação-, disse. O governo vai recorrer da decisão.
08/05/2003
Agência Senado
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