Paulo Souto apela para investimento em plantio de cacau transgênico na Bahia
- Lamentavelmente até agora não aconteceu nada. Não houve uma proposta sequer aprovada e nenhuma liberação de financiamento. Por favor sejam mais ágeis para que agricultores tenham acesso a esses financiamentos - reclamou Paulo Souto.
Ele explicou que o programa desenvolvido a partir de 1996 por técnicos da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) vinha obtendo sucesso, mas o alto endividamento dos produtores e a falta de financiamento viável impediu a continuidade do projeto. Dessa forma, disse o senador, o governo do estado buscou novo entendimento com o governo federal para retomar o programa, capaz, na sua opinião, de recuperar a cultura do cacau no estado, que já foi das mais prósperas do país.
Porém, disse o senador, os recursos ainda não chegaram às mãos dos produtores mesmo depois de transcorridos quatro meses da aprovação das regras para o financiamento pelo Conselho Monetário Nacional e dois meses da visita do presidente Fernando Henrique Cardoso à região de Ilhéus e Itabuna.
Como sugestão, o senador pediu que o presidente crie uma coordenação para o programa com a finalidade de cobrar mais presteza nas ações dos órgãos responsáveis. Ele disse acreditar também que, ao visitar a Bahia, o presidente já demonstrou sua intenção de apoiar o programa e dar uma nova perspectiva à região, que tem sofrido com a decadência da cultura cacaueira.
- Não falta nada a não ser um pouco de boa vontade. Sem os financiamentos, vemos a possibilidade do programa naufragar, sem qualquer explicação. Os agricultores vêem que variedades clonadas pode ser a saída para a retomada da lavoura e precisam novos financiamentos para cuidar de suas plantações. Estou decepcionado com o que está acontecendo, mas consciente de que ainda há tempo para recuperar essa situação - declarou.
Para justificar a urgência na liberação dos recursos, Paulo Souto citou ainda que o momento de o Brasil retomar sua produção é oportuno, pois o preço do cacau no mercado internacional está alto, assim como o consumo de chocolate. Além disso, continuou, outros países enfrentam problemas em suas produções.
13/11/2001
Agência Senado
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