Paulo Souto explica o que é necessário para que não haja mais racionamento



A Câmara de Gestão da Crise de Energia está estudando o fim do racionamento na região Nordeste, mas o senador Paulo Souto (PFL-BA) entende que, para não haver mais escassez de luz, há dois fatores essenciais a serem observados pelo governo. Em entrevista à Rádio Senado, o parlamentar explicou que, no caso do Nordeste, fundamental é manter a transferência de energia oriunda do Norte e do Sudeste, em torno de 1300 megawatts, e contratar energia emergencial.

Com as providências que o governo está tomando nesse sentido, o parlamentar disse que o Nordeste pode receber aproximadamente 800 megawatts da energia térmica, que começa a ser contratada. Ele afirmou que, embora o governo receie fazer essa contratação, ante a possibilidade de ela tornar-se dispensável com os reservatórios atingindo níveis satisfatórios, não vê razão para temores. O que ele acha é que a região não pode mais correr o risco de ficar sem energia.

O senador considera ainda incerto que o Nordeste saia do racionamento de energia em abril. Em sua opinião, o que há é uma boa perspectiva em razão dos níveis atingidos pelos reservatórios nos últimos dias. Mas ele acha que um quadro mais definido da situação só poderá ser obtido ao final da estação úmida, em março ou abril, a menos que essa melhoria dos níveis dos reservatórios alcance uma magnitude inesperada.

Souto considera mais coerente que a Câmara de Gestão da Crise aguarde, como vem fazendo, para tomar uma decisão ao final do período de chuvas que, inclusive, é extremamente variado, admitindo previsões erradas. Como exemplo, Paulo Souto lembrou que, em 2000, houve um mês de dezembro chuvoso, o que deixou o governo de "guarda baixa", sendo surpreendido depois pela escassez de chuvas em janeiro e fevereiro de 2001.

- Com isso, nós tivemos o racionamento na intensidade que veio e que poderia ter sido evitado. De modo que acho que o governo agora não está incorrendo no mesmo erro, está sendo mais precavido. Nós não podemos ficar sujeitos mais um ano a racionamentos, sobretudo na área industrial e na área de irrigação, que interferem muito na economia regional.



10/01/2002

Agência Senado


Artigos Relacionados


Paulo Souto aplaude redução nas metas de racionamento de energia

Paulo Souto pede mais energia para o Nordeste na alta estação do turismo

PROJETO DE PAULO SOUTO PREVÊ PENAS MAIS DURAS PARA CRIMES CONTRA O ERÁRIO

PAULO SOUTO PEDE MAIS ATENÇÃO ÀS COMEMORAÇÕES DOS 500 ANOS DO DESCOBRIMENTO

PARA O RELATOR PAULO SOUTO, HOUVE IRREGULARRIDADE NO TRT DE SÃO PAULO

Paulo Souto anuncia acordo para cacau