Pavan analisa votações que ocorrem nesta semana na AL



A Assembléia Legislativa vota nesta semana os principais projetos encaminhados à casa pelo Governo estadual. Até sexta-feira os deputados votam a suplementação orçamentária, o salário mínimo regional, a Universidade Estadual, a incorporação da gratificação de 222% e horas extras para os servidores da Segurança Pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá ser votada na próxima semana. O líder do Governo no Legislativo, deputado estadual Ivar Pavan (PT) trabalha para que as proposições do Executivo sejam aprovadas na Assembléia. A expectativa de Pavan é boa já que, segundo ele, todas as propostas são de interesse público o que acaba por esvaziar a argumentação contrária dos oponentes ao governo Olívio. “ A oposição pode preservar sua posição política sem prejudicar a população”, argumenta Pavan, referindo-se a necessidade dos parlamentares contrários ao Executivo não misturarem disputa política com a votação de projetos importantes para o desenvolvimento do Estado. “A proposta de criação de uma Universidade Estadual, por exemplo, existe há mais de 20 anos como reivindicação de estudantes e professores gaúchos. É uma forma de democratizar o ensino de terceiro grau, tratando a educação como um direito e não como uma mercadoria”, explicou o parlamentar. A suplementação orçamentária de R$ 20 milhões tem como destino o Fundo de Sanidade Animal, projetos de irrigação para a metade sul, obras em aeroportos do Interior do Estado e indenização para os agricultores que ocupavam áreas indígenas e que agora estão sendo reassentados. O salário mínimo regional mereceu o destaque do líder do Governo por se caracterizar como uma proposta do governo Olívio de reduzir a enorme diferença salarial que existe no Estado. O projeto prevê que entre os servidores estaduais ninguém ganhe menos do que R$ 300. Para outros setores, o Governo sugere piso mínimo entre R$ 220 e R$ 250. Além dos 222% de risco de vida para servidores da Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias e Superintendência de Serviços Penitenciários, que será pago em cinco parcelas semestrais até junho de 2003, o Governo propõe o pagamento de horas extras a estes funcionários. Não está na pauta de votações da Casa o aumento para o magistério, isso porque, segundo Pavan, as negociações com a categoria ainda não se esgotaram. Sobre as críticas do setor de que o reajuste oferecido é insuficiente, o deputado declarou: “É verdade que o aumento é pouco, mas comparado ao quê? “ Segundo o líder do Governo, deve-se pensar sobre a proposta de reajuste zero feita pelo governo Federal há sete anos, também é necessário observar os aumentos inexistentes em outros estados. “O índice de 14% é pouco diante do desejo e da necessidade, mas diante da comparação com o restante do País, tanto na inciativa pública como privada, oferecemos o maior reajuste”, considerou o parlamentar, lembrando que o Rio Grande do Sul não é uma ilha isolada. “Temos que resgatar compromissos com os mais variados setores da sociedade. O Executivo governa para todos e os sindicatos defendem as categorias”, concluiu.

06/25/2001


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