Pavan diz que negociações com funcionalismo devem ser concluídas esta semana



O líder do governo na Assembléia, deputado Ivar Pavan (PT), revelou que as negociações com os Técnicos do Tesouro do Estado e Técnicos Científicos devem ser concluídas ainda esta semana. Conforme o deputado, o Executivo está empenhado em atender as reivindicações dos servidores, mas enfrenta limites como a Lei de Responsabilidade Fiscal e as dificuldades de caixa para acolher a totalidade das demandas das categorias.

Os trabalhadores da Fazenda, que estão greve há oito dias ocuparam, na tarde de hoje, o saguão do plenário do Legislativo para expor aos parlamentares as suas reclamações. “A Lei de Responsabilidade Fiscal impõe a redução de gastos com a folha de pessoal e precisamos operar dentro destes parâmetros que, não fomos nós que criamos, mas somos obrigados a respeitar”, observou Pavan.

Ivar Pavan disse que a greve dos trabalhadores da Fazenda é legítima e que a função dos sindicatos é lutar por melhores salários. “Aos sindicatos cabe a defesa dos funcionários que representam e ao governo estabelecer uma diretriz central para tratar este tema”, argumentou. Segundo ele, a política do governo estadual é valorizar o serviço público, incluindo as questões salariais dos servidores. “Assumimos com o compromisso de corrigir as distorções existentes na folha de pagamentos, priorizar reajustes para os servidores que ganham menos e, nestes três últimos anos, a diferença entre o maior e o menor vencimento do funcionalismo caiu de 140 para 80 vezes. Ainda é uma distância grande, mas é evidente que houve um avanço significativo”, disse Pavan. O parlamentar revelou que os aumentos já concedidos pelo governo gaúcho, que contemplam 90% das categorias com vencimentos menores, acrescentaram, anualmente, R$ 1 bilhão à folha de pagamentos.

O líder do governo referiu-se ao prazo legal para que os reajustes salariais para os servidores estaduais sejam votados pela Assembléia. “Precisamos apreciar estas matérias até o dia 5 de abril e temos a convicção de que as conversações com as categorias intermediárias serão concluídas com sucesso, com as duas partes cedendo onde for possível, pois apostamos na capacidade de diálogo de ambos os lados. Acredito que o projeto que será enviado à Assembléia será fruto de uma negociação madura”.

Zülke diz que oposição não tem autoridade política para criticar
O deputado Ronaldo Zülke (PT) também subiu à tribuna para defender a política salarial do Executivo estadual. Ele classificou as críticas da oposição de demagógicas, lembrando que todos os partidos que, hoje, condenam o comportamento do governo já ocuparam o Palácio Piratini. “Estes partidos devem explicações ao povo gaúcho, pois muitos administraram o Estado por mais de uma gestão e patrocinaram enormes injustiças com o funcionalismo”, disparou Zülke. De acordo com ele, os governos anteriores foram incapazes ou não quiseram resolver o desequilíbrio nos vencimentos pagos pelo Estado.

Zülke entende que, antes de criticar o governo estadual, estes partidos deveriam fazer uma autocrítica pública. “Estão reconhecendo que os setores que sempre foram desprezados pelos seus próprios partidos deveriam ter recebido um tratamento mais digno”. Destacando que “demagogia não ajuda no debate político”, o petista disse que a oposição não tem autoridade para fazer este tipo de cobrança. Ele lembrou ainda a situação do funcionalismo federal que, após 8 anos sem nenhum reajuste, recebeu apenas 3,5%. “Em todos os aumentos encaminhados pelo governo Olívio Dutra não foi possível assegurar os índices que os servidores mereciam, mas, certamente, o menor percentual por nós concedido é maior que o pago por FHC”.

03/12/2002


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