Pavan reafirma necessidade de renovar contratos emergenciais
O delegado disse que está preocupado com as ações do governo estadual e adiantou que o Ministério da Agricultura pretende contratar 650 profissionais para atuar na vigilância sanitária animal em todo o país. "Esta intenção do governo federal veio tardiamente e não passa de demagogia", criticou Pavan, lembrando que este é um ano eleitoral e, portanto, não haveria tempo hábil para a pretensa contratação dos aprovados.
As contratações emergenciais efetuadas pela administração estadual, conforme explicou o líder do governo, decorreram do sucateamento do quadro de servidores e da constatação de febre aftosa no rebanho gaúcho. "O governo federal desconsiderou os sucessivos alertas feitos pelo Executivo Estadual e não repassou em 1999 e 2000 os recursos necessários para o setor, descumprindo, assim com sua obrigação. De toda forma, acrescentou Ivar Pavan, o governo estadual disse que foi um sucesso a vacinação e que o rebanho esta protegido.
O serviço de vigilância sanitária animal do governo do Estado continua, especialmente na fronteira com a Argentina. A Secretaria da Agricultura e Abastecimento dispõe de equipes de fiscalização, bem como seis barcos de vigilância no Rio Uruguai para a realização deste serviço, que é de extrema importância para a pecuária gaúcha. O objetivo é preservar a sanidade do rebanho gaúcho. "A febre aftosa é coisa do passado. Precisamos evitar qualquer tipo de risco", disse Pavan, adiantando que o governo estadual está remetendo uma emenda ao Legislativo estadual autorizando a prorrogação dos contratos emergenciais de 30 veterinários e 300 auxiliares de serviços rurais, até dezembro de 2002 para trabalhar no combate à febre aftosa e manter os serviços de inspeção e fiscalização.
Ivar Pavan também lamentou o fato de o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, não reconhecer as ações do governo estadual e, sobretudo impedir a visita da Missão Européia, ao Rio Grande do Sul. Esta veio ao Brasil verificar in loco a situação dos bovinos, a fim de voltar a autorizar as exportações. "E estiveram em Santa Catarina, mas não puderam pisar em solo gaúcho", assinalou ele, para quem a Europa é um dos nossos principais mercados importadores.
Mesmo assim, o Executivo estadual está ampliando a vacinação e mantendo as barreiras sanitárias para garantir maior segurança ao rebanho gaúcho. “A vacinação no Rio Grande do Sul obteve um excelente índice de cobertura vacinal durante a primeira fase da campanha. Agora, nesta última etapa, a expectativa é de que o controle se mantenha ou mesmo supere o nível obtido anteriormente, quando 98% do rebanho foi protegido”, observou o petista.
Para ele, esta é a fase final de um processo que está sendo concluído com êxito, apesar das dificuldades e restrições impostas pelo Ministério da Agricultura. “A ação rápida e eficaz do governo gaúcho evitou que a doença se espalhasse no Estado, como se verificou nos países vizinhos”.
03/18/2002
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