PDT se divide na escolha do líder
PDT se divide na escolha do líder
Passados 15 dias da renúncia do deputado Vieira da Cunha da liderança da bancada do PDT na Assembléia Legislativa, os parlamentares do partido ainda não chegaram ao consenso sobre o seu substituto. O vice-líder, Giovani Cherini, assumiu interinamente, mas ainda não teve a confirmação de que permanecerá no cargo. Os pedetistas se reúnem hoje, às 13h, para debater a questão. Os deputados começaram terça-feira passada a votação, que acabou sendo interrompida a pedido do deputado João Luiz Vargas, que postula a sua indicação por consenso. Apesar de os pedetistas não admitirem, uma série de problemas internos está atrasando a escolha. Há até a possibilidade de manter Cherini na interinidade até o final do ano.
O deputado Kalil Sehbe tentou minimizar as dificuldades, ao afirmar que não é prioritária a escolha. 'Só não decidimos ainda porque temos de nos dedicar às matérias em pauta e à campanha eleitoral', disse. Adroaldo Loureiro confirmou a disputa interna, salientando que a postulação de João Luiz não obtém consenso. 'Se não houver entendimento, precisaremos então encaminhar a votação', enfatizou, defendendo a formalização de Cherini.
João Luiz disse que, se os colegas de bancada acharem que deve ser indicado, aceitará o cargo, 'embora não esteja aspirando isso'. Ele chegou a sugerir o retorno de Vieira. Cherini afirmou que está sendo obrigado a concorrer porque não houve encaminhamento pacífico.
Rossetto se afasta para campanha
Vai concentrar roteiros na região Metropolitana e buscará reforçar a mobilização da militância
O vice-governador Miguel Rossetto irá se dedicar integralmente à campanha do candidato ao governo Tarso Genro, do PT. Ele remeteu ontem à Assembléia Legislativa solicitação de afastamento da sua função para estar ao lado de Tarso. Afirmou que concentrará seus roteiros na região Metropolitana para reforçar a mobilização da militância e promover intenso debate com o objetivo de comparar os projetos do governo anterior com os da atual administração. Disse que está aberto ao diálogo e à avaliação da população e que defenderá o governo Olívio Dutra. Rossetto explicou que a legislação permite o acúmulo de cargos, mas que não teria condições de continuar no Palácio Piratini e fazer campanha. Salientou que o seu licenciamento não é remunerado.
Tarso ressaltou que a campanha está na reta final e que a presença de Rossetto é fundamental para o contato com os eleitores nas ruas. Destacou que ele representa o elo da atual para a próxima administração. Olívio salientou que a disputa eleitoral é um ótimo momento para consolidar o projeto de governo. Disse que está atuando como militante e não pode deixar a responsabilidade de ser governador. Olívio também comparou a sua administração com a anterior. Afirmou que o Produto Interno Bruto entre 1994 e 1998 foi de 0,8% contra 11% nos últimos três anos. Ressaltou que foram gerados mais de 300 mil empregos e que na região Metropolitana o índice caiu de 20% para 16%. Destacou que o Estado cresceu acima da média nacional em todos os setores. O presidente estadual do PT, David Stival, qualificou Rossetto como 'político de nível superior'. Segundo ele, agora a militância começa a sair da 'toca' para o confronto político, acelerando a campanha.
Quando o governador estiver fora do Estado, assumirá no seu lugar o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Eugênio Tedesco. O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Zambiasi, está impedido porque concorre ao Senado.
Tarso quer desonerar produtores
O candidato da Frente Popular Tarso Genro afirmou ontem que o futuro governador do Estado terá três desafios que dependem de aceitação pluripartidária e social: a readequação da matriz tributária, o saneamento da previdência e a renegociação da dívida com a União. Ele realizou palestra na Associação Comercial de Cachoeirinha. Ressaltou que seu plano de governo prevê revisão da política tributária do Estado para desonerar e incentivar os produtores. Disse que pretende construir regime próprio de previdência pública a ser administrado pelo Instituto de Previdência do Estado.
Quanto à renegociação da dívida do governo do Estado, o candidato do PT quer mudar o contrato que estabeleceu o pagamento de 13% da receita líquida real para os cofres da União. O seu programa inclui a proposta de diminuir o percentual para 9%, redirecionando a diferença anual de R$ 231 milhões a investimentos em políticas sociais.
O modelo econômico baseado nas privatizações e nos juros altos foi criticado por Tarso. 'A Frente Popular pretende constituir novo bloco social e político para mudarmos esse modelo, criando projeto nacional de desenvolvimento, com políticas regionais de fortalecimento dos produtores gaúchos', enfatizou. Destacou também que pretende criar o conselho estadual de desenvolvimento econômico, a casa do exportador e o departamento de estímulo às cooperativas para fortalecer a economia do Rio Grande do Sul. Sobre a segurança pública, o candidato do PT afirmou que irá instituir secretaria específica para combater a violência.
TSE reduz tempo do tucano na TV
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem reduzir o tempo da propaganda gratuita na televisão de José Serra, do PSDB, por ter atacado Ciro Gomes, do PPS. O TSE concluiu que o tucano distorceu a resposta dada a um ouvinte de uma rádio baiana pelo adversário ao editar o vídeo. Serra perderá o dobro do tempo gasto no material levado ao ar dia 20. Ciro também sairá prejudicado. O TSE negou o direito de resposta e manteve o uso de sua voz e imagem pelos adversários. Serra conseguiu a proibição para a Frente Trabalhista veicular no começo do programa a chamada que atribui ao tucano a autoria de golpes baixos.
Bernardi promete verba à segurança
Celso Bernardi, do PPB, disse ontem que irá fazer um governo para a proteção das famílias gaúchas. Ele visitou a sede de publicação dedicada a assuntos de segurança pública. O candidato assumiu compromisso de estabelecer percentual do orçamento para investir na área. Sobre os salários desses servidores, ressaltou que a cada seis meses irá repor a inflação do período, o que no final de quatro anos representará 53,36% de reajuste. Bernardi propõe que a guarda interna dos presídios seja realizada por agentes penitenciários e que os policiais militares, que hoje exercem essa função, reforcem o policiamento nas ruas. 'Faremos política de segurança pública e não política com a segurança pública', assegurou o candidato do PPB.
Agenda dos candidatos
HOJE
11 Celso Bernardi (PPB)
9h30min: Associação Brasileira de Recursos Humanos. 19h: Fiergs. 21h: Santo Antônio da Patrulha.
13 Tarso Genro (PT-PCB-PC do B-PMN)
9h: Associação Brasileira de Recursos Humanos. 12h: Associação de Entidades Carnavalescas. 15h: gravação de programas de rádio e TV.
15 Germano Rigotto (PMDB-PSDB-PHS)
9h: Brasília.
16 Júlio Flores (PSTU)
9h: Hospital Presidente Vargas.
23 Antônio Britto (PPS-PFL-PT do B-PSL)
MANHÃ
Gravação de programas de rádio e TV. Tarde: Expointer.
40 Caleb de Oliveira (PSB)
18h: reunião coordenação de campanha.
Frente Popular não poupa crítica
A Frente Popular, de Tarso Genro, usou todo o tempo da noite de ontem do horário eleitoral gratuito na televisão para criticar seu maior adversário, o ex-governador Antônio Britto. O programa exibiu mais um episódio da Casa dos Gaúchos, paródia de um reality show, no qual os participantes duvidaram da promessa de Britto de não vender mais estatais. Reportagens de jornais indicaram o trabalho do ex-governador no banco Oppo rtunity, um dos compradores da Companhia Rio-grandense de Telecomunicações, depois do seu mandato. O programa da coligação Rio Grande em Primeiro Lugar mostrou postura ofensiva de Tarso contra os adversários na disputa ao governo e o candidato ao Senado Sérgio Zambiasi, do PTB. Usaram a tática do presidenciável tucano José Serra contra Ciro Gomes, do PPS.
Germano Rigotto, do PMDB, e Celso Bernardi, do PPB, mantiveram a linha de tiro contra a polarização da disputa entre o petista e o ex-governador. Rigotto, sempre no vídeo, estreou bloco popular com um apresentador ouvindo pessoas na Praça 15, em referência ao número do candidato. Bernardi prometeu manter o programa Primeiro Emprego, criado no governo de Olívio Dutra e que subsidia as vagas para a mão-de-obra jovem. O espaço de Caleb de Oliveira, do PSB, serviu mais para a campanha de Anthony Garotinho, que deu pessoalmente depoimento em favor do gaúcho. Beto Albuquerque, que concorre à Câmara, também usou alguns minutos.
Cai a vantagem de Maluf no 2º turno
A pesquisa Ibope divulgada ontem apontou que a diferença num eventual 2º turno entre Paulo Maluf, do PPB, e Geraldo Alckmin, do PSDB, ao governo de São Paulo caiu de cinco para três pontos percentuais. Maluf fez 45% e Alckmin, 42%. No 1O turno, o candidato do PPB manteve 35%. O tucano está com 24%. José Genoino, do PT, subiu de 9% para 11%. O índice de eleitores indecisos é de 16%. Os votos em branco e nulos totalizam 7%, dois pontos percentuais a menos. Maluf manteve o maior índice de rejeição, 31%. Genoino fez 16% e Alckmin, 14%. O Ibope ouviu 1,2 mil eleitores em 66 municípios entre os dias 22 e 25 deste mês. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais.
Ciro pretende ampliar PF para combater o crime
O candidato da Frente Trabalhista à Presidência da República, Ciro Gomes, prometeu ontem assumir a responsabilidade de enfrentar o crime organizado. 'Pretendo ampliar a Polícia Federal (PF), dando-lhe alta capacidade de inteligência e tecnologia de investigação', afirmou. Ele garantiu ainda que irá aperfeiçoar a legislação e construir presídios federais em locais distantes para quebrar a comunicação do crime.
El País aponta que Duda moldou político moderno
O jornal espanhol El País avaliou na edição de ontem que Luiz Inácio Lula da Silva e o PT se converteram. 'O atual Lula, de 56 anos, é um novo produto', afirmou o jornal. O diário disse o publicitário Duda Mendonça conseguiu transformá-lo de dirigente sindical em 'político profissional moderno'. El País apontou que no plano de governo de Lula não há rastro do 'passado esquerdista'.
Lula acha que mudanças vão além de reivindicação
O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem a representantes dos sem-terra e dos trabalhadores da agricultura que apenas será possível promover mudanças caso todos se responsabilizem pelo país. 'Não pensem que, se vencermos, vocês vão ficar só reivindicando porque isso é muito cômodo. Precisam me ajudar a pôr a mão na massa', convocou. Lula defendeu a reforma agrária e a agricultura familiar.
Prefeito de Pareci Novo apóia o PT
O prefeito de Pareci Novo, Jorge Renato Hoerlle, decidiu ontem apoiar o candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, e não seguir a orientação da cúpula do PDT, que se aliou informalmente ao PPS. Para ele, não são poucos os prefeitos que o acompanham. 'Conheço outros 14 que dizem que estão indecisos para evitar serem expulsos do partido', declarou. O prefeito de Taquara, Délcio Hugentobler, planeja discutir a questão com políticos no Interior. O presidente da Associação de Prefeitos do PDT no Rio Grande do Sul, Flávio Lammel, de Vitor Graeff, disse que ainda não se definiu: 'Precisamos ter cuidado para não decepcionar os eleitores das nossas cidades com uma decisão radical'.
Rigotto diz que incentivará ensino profissionalizante
Germano Rigotto, candidato do PMDB ao governo do Estado, reafirmou ontem a necessidade de apoiar o ensino médio profissionalizante, durante reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul. Segundo ele, cada região tem as suas carências. Exemplificou que nas áreas industriais a escola deve formar mão-de-obra especializada. Recebeu do empresariado sugestões para o seu programa.
Site de Serra ataca Frente e o seu novo coronelismo
O site do presidenciável do PSDB, José Serra, reagiu ontem com indignação às 'ameaças de agressão física feitas por integrantes da Frente Trabalhista'. Com o título 'O novo coronelismo não prosperará', a equipe de Serra incluiu novidade na página. As críticas a Ciro Gomes são divulgadas através de pop-up, anúncio em forma de janelinha que salta na tela quando o internauta acessa um website.
TRE estabelece ordem na cédula
O TRE sorteou ontem a ordem na cédula de papel a ser usada no lugar das urnas eletrônicas com defeito e nas cidades com voto impresso quando o eleitor errar pela segunda vez. Seqüência ao governo: Oscar Jorge (1º), Antônio Britto (2º), Celso Bernardi (3º), Júlio Flores (4º), José Vilhena (5º), Luís Carlos Prates (6º), Germano Rigotto (7º), Tarso Genro (8º), Carlos Schneider (9º), Caleb de Oliveira (10º), Luiz Carlos Martins (11º) e Aroldo Medina (12º). Ao Senado, a ordem é Sérgio Zambiasi, Paulo Cardoso, Luís Giordano, Paulo Barella, João Bosco Vaz, Roner Anderson, Ágis Caraíba, Hugo Mardini, Valdir Caetano, Emília Fernandes, José Fogaça, Marcos Citollin, Marisa Medeiros, Odacir Klein, Otávio R'hrig, Paulo Paim e Vicente Bogo.
Artigos
A nova expointer
José Hermeto Hoffmann
A Expointer 2002 consolida-se como um espaço de negócios e fortalecimento da agropecuária gaúcha. A partir da construção conjunta dos que realmente valorizam a atividade primária de nosso Estado, conquistamos hoje uma Expointer que está entre as mais importantes feiras do mundo. Em 1999, assistimos a uma tentativa fracassada de enfraquecer e boicotar a Expointer. Mas o setor agropecuário, que só tem a ganhar com uma Expointer forte, não seguiu essa orientação. A partir daí, construímos uma nova Expointer, democrática, com participação mais ativa de setores como a genética e as máquinas agrícolas e com maior volume de financiamentos do Banrisul.
A nova Expointer ampliou o número de organizadores, incluindo entidades representativas da produção como Febrac, Ocergs e Fetag, e inaugurou espaços privilegiados para as cooperativas e a agricultura familiar, como a Feira e o Prêmio da Agricultura Familiar, promovido pela TVE e pela FM Cultura. O setor de máquinas agrícolas, que estava perdendo espaço, foi revigorado. Foram criados os Dias de Negócios, exclusivos para oportunidades na área de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, e o espaço para exposições foi quadruplicado, possibilitando a realização de uma mostra dinâmica, atendendo a uma reivindicação antiga do setor. Os recursos do Banrisul para financiamentos foram ampliados. Este ano, o banco está disponibilizando R$ 3,4 milhões em recursos próprios, o que demonstra a importância do Banrisul para o setor primário. O banco, que estava na lista para ser privatizado pelo governo anterior, hoje é o segundo maior financiador de crédito rural do país.
De uma tentativa de boicote, a Expointer se transformou em uma grande oportunidade de negócios e um espaço democrático. Essa ação faz parte da nossa compreensão de fortalecer a agricultura para desenvolver o Estado. E temos colhido bons resultados. Prova disso é o crescimento da agricultura gaúcha, que aumentou 24% nos três primeiros anos deste governo, contra 4% nos quatro anos do governo anterior.
Colunistas
PANORAMA POLÍTICO - A. Burd
QUE TRATEM DO ROMBO
Espera-se que as atribuladas agendas dos candidatos à Presidência da República tenham permitido a leitura dos jornais de ontem. Especificamente sobre a proposta do Orçamento-Geral da União para 2003, que aponta rombo de R$ 14 bilhões. Talvez já soubessem que a previsão era de R$ 10 bilhões. Para quem tem prometido tanto na campanha, que diferença farão R$ 4 bilhões a mais ou a menos? O inevitável é que o eleito deverá negociar com o Congresso para recompor receitas. Isso indica para o caminho simplista do aumento de impostos, que ferra os assalariados e onera a produção, fazendo com que seja repassado aos preços. Torce-se para que, num lampejo de lucidez, tratem do assunto nos programas de propaganda em rádio e TV.
SUPERATRASO
Venceu em maio o prazo do governo federal para que as prefeituras pusessem em dia as contas com o INSS. Até agora, apenas 112 dos 5.533 municípios cumpriram. Problema vem de longe e até acertar...
NO ABELHEIRO
O que se esperava acontecesse na última quinzena de setembro foi antecipado. Marqueteiros sacodem abelheiros e põem os efeitos nos programas de propaganda em rádio e TV. É ferroada até dizer chega.
POR ESPAÇO
1) A executiva regional do PSDB se reunirá amanhã para debater distribuição do espaço de propaganda à Câmara dos Deputados em rádio e TV. Motivo: afirmam que Yeda Crusius é privilegiada. Os demais chiam, porque eleição é também desfile de vaidades; 2) no PMDB a cena se repete: alegam que o deputado federal Cézar Schirmer, que concorre à reeleição, aparece mais, pegando carona na condição de presidente regional.
QUEREM APARECER
Há candidatos à Câmara dos Deputados e à Assembléia Legislativa, de vários partidos, batendo com os dedos em cima da mesa. É pura irritação porque ainda não tiveram a chance de aparecer em rádio e TV.
MAIS PRAZO
A oposição na Câmara pede água: quer mais seis meses para votar o projeto que cria autarquia para gerir a previdência dos municipários. O Executivo vai pensar bem.
VAI LONGE
Saiu ontem a 1a audiência do caso envolvendo o vereador Sebastião Melo, fiscais e soldados da Brigada Militar. A 16 de julho, na avenida Borges de Medeiros, Sebastião intercedeu para evitar a retirada de mercadorias de um camelô. Sucedeu-se um forte bate-boca e, ontem, até procurador do Estado compareceu à Justiça para defender o brigadiano.
PELA FRONTEIRA
1) Da visita do alto comando da Frente Trabalhista a Uruguaiana, ficou uma unanimidade: a luz de Patrícia Pillar; 2) na recepção à comitiva, Patrícia foi presenteada com xale tecido de lã do premiado rebanho de Uruguaiana. Para arrematar, o líder rural Tonico Fagundes recitou 'Ovelhas São Nuvens', de Luiz Coronel, em homenagem ao casal.
DOS LEITORES
- Marcelo Ozório Rosa: 'Candidato à Presidência declarou que usará o Exército para cuidar das fronteiras desde a Argentina até a Venezuela. Como vão desde o Uruguai à Guiana Francesa, resta dúvida: outras áreas ficarão desprotegidas ou o candidato é fraco em Geografia?'.
- Jovir Alceu Zanuzzo: 'Sugiro que os deputados federais que tanto lutaram pelo corte das leis trabalhistas também explicassem aos seus eleitores o motivo de tal voto'.
APARTES
Tramitam na Justiça do Estado 31 processos de indenização por danos à saúde provocados pelo uso de cigarro.
PDT tenta trazer Ciro Gomes e Patrícia Pillar à Expointer no domingo, o dia do encerramento.
Deputado Bohn Gass comemora pagamento de indenizações do seguro agrícola, pelo qual muito se debateu.
Há deputados do PDT que se irritam quando o tema é a escolha do novo líder da bancada. Seqüelas...
Hoje à noite, resultado de pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial.
PT ataca em todas: tem Dudu das Cucas, o candidato das massas.
Amirah Saba, candidata do PRTB em São Paulo, leva troféu Sinceridade: 'Vote em mim. Não prometo nada'.
Deu no jornal: 'Serra tem dia de protetor solar e água de coco'. Para rebater, só faltou buchada de bode.
Enéas, o Breve, que concorre à Câmara dos Deputados, entra no espaço de TV baixando a lenha: 'Você acabou de assistir a um festival de mentiras'.
Editorial
DEBATE MUNDIAL SOBRE AMBIENTE
O mundo inteiro está com a atenção voltada para a África do Sul, país que sedia a Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, promovida pelas Nações Unidas, contando com a presença de mais de cem chefes de Estado e de governo, para um encontro que tem como objetivo central traçar as metas que deverão ser observadas pelos países participantes nos próximos anos para que sejam melhoradas, consideravelmente, as condições econômicas, sociais e ambientais do planeta.
O secretário-geral da Rio+10, o indiano Nitin Desai, procurou mostrar a diferença fundamental entre esta cúpula e a Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada há dez anos no Rio: 'O Rio' - afirmou o secretário-geral Desai - 'foi o começo do engajamento em grande escala da sociedade civil, sobretudo para exigir que os governos adotassem ações em favor do meio ambiente'. E acrescentou: 'Agora, a ênfase está nas parcerias, envolvendo a sociedade civil diretamente na implementação'. O otimismo de Desai, contudo, não é compartilhado pela grande maioria de delegados participantes do encontro, pois, na mente de cada um deles, está presente a constatação de que os avanços previstos pela reunião do Rio, há dez anos, não foram significativos. E tanto isso é verdade que a questão da redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa ainda está longe de ser resolvida.
Os três maiores responsáveis pelas emissões de dióxido de carbono (gás retentor de calor) relacionados ao aquecimento global, Estados Unidos, China e Rússia, resistem em firmar o compromisso de redução das emissões de gases que estão provocando o aquecimento gradual da temperatura do planeta. Outras questões não menos importantes e vitais, como a da desigualdade social entre os países ricos e os países pobres, objeto igualmente de metas traçadas no Rio para a redução do fosso, continuam no aguardo de medidas mais efetivas para o encaminhamento de soluções. De qualquer forma, algum avanço poderá resultar da conferência de Johannesburgo, no sentido da ampliação da conscientização em favor do meio ambiente, sem a qual será muito difícil reduzir o egoísmo que impede a solidariedade dos países ricos no auxílio aos países mais pobres.
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08/27/2002
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