Pedágios poderão ser substituídos por equipamentos eletrônicos
Os controladores eletrônicos de velocidade estão fazendo a festa do governo estadual que já pensa, inclusive, em substituir as três praças de pedágio hoje exploradas pelo DAER por tais equipamentos. “Nos parece, que os custos de manutenção e a obrigatoriedade de prestar de serviços aos usuários das estradas estão levando o Governo a se decidir pelo mais vantajoso e conveniente dentro da sua fúria arrecadatória”. O alerta é do deputado João Fischer (PPB).
De acordo com o parlamentar, antes de se constituirem em meios destinados a reduzir os acidentes nas estradas e educar os motoristas, os controladores eletrônicos de velocidade (pardais e lombadas), que estão sendo implantados aos “bandos”, pelo DAER, tem finalidade iminentemente arrecadatória e, visam fazer caixa para os cofres do governo. Descobriram que os pardais comem pouco e dão mais lucro. Atualmente, são mais de 90 aparelhos.
Explica, que a razão para tal proliferação, está no fato de que o arrecadado pelos pardais é infinitamente superior a qualquer pedágio, visto que enquanto nestes, o motorista paga em média R$ 2,40 uma multa de pardal, não baixa de 120 Ufirs, podendo facilmente chegar a 540 Ufirs, sem que haja compromisso ou necessidade de contraprestação, até mesmo de ser feito qualquer investimento na estrada. Exemplificou, que a penalidade mais aplicada, é a de 540 Ufirs- R$ 574,61, o que corresponde a passagem de 240 veículos pelo pedágio, daí porque estão decidindo abrir a gaiola e soltar os passarinhos aos bandos. Acontece, que pardal demais vira praga.
O deputado Fischer, está cobrando do governo através de um pedido de informações, os valores arrecadados individualmente por rodovia pelos controladores eletrônicos e pelas praças de pedágio, além de estatísticas que comprovem a redução dos acidentes em razão da implantação dos pardais. Diz, que esses dados em vista do seu montante, são mantidos como “segredo de estado” e, ainda não lhes foram encaminhados, apesar da insistência e o direito de conhecê-los. Mas, uma coisa é certa, admite, “se Britto é o pedágio, certamente, Olívio é o pardal faminto”.
11/20/2000
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