Pedro Simon acredita que Obama terá sucesso em seu governo
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) manifestou em Plenário, nesta terça-feira (18), sua expectativa de que o presidente recém-eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, possa realizar uma boa administração durante o seu mandato nos próximos quatro anos, a partir de 2009.
Na avaliação de Simon, a origem humilde e o comprometimento com questões éticas do político norte-americano - demonstrado nos debates da campanha eleitoral - permitem antecipar uma série de conquistas importantes que poderão ser obtidas em seu governo.
Entre as realizações fundamentais possíveis de serem implementadas pelo novo presidente norte-americano que significariam uma mudança radical de rumos na história dos Estados Unidos, com efeitos benéficos em todo o mundo, Simon citou sua promessa de, como primeiro ato de governo, desativar a prisão de Guantánamo, em Cuba, além da suspensão do bloqueio comercial àquele país.
- O americano tem hoje essa chaga [Guantánamo], que Obama pretende extinguir. Não vai ser fácil. E não vamos imaginar que ele assumirá e, no dia seguinte, as coisas mudarão - disse Simon, prevendo que, se Obama fechar Guantánamo, todo o mundo aplaudirá de pé.
Em seu pronunciamento, Simon criticou a decisão do atual presidente norte-americano, George Bush, de recriar a Quarta Frota - uma divisão da Marinha dos Estados Unidos responsável por operações no Atlântico Sul. Em sua avaliação, a medida teria sido tomada em razão de vários interesses estratégicos dos Estados Unidos no cone sul, entre os quais o petróleo brasileiro da camada do pré-sal .
Simon comparou ainda a trajetória de Barack Obama com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, uma das diferenças fundamentais entre os dois políticos reside no maior poder decisório de Obama em relação à Lula, uma vez que o governo do presidente brasileiro sofre muita influência de seu partido, o que não ocorre nos Estados Unidos.
Em aparte, os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Marcelo Crivella manifestaram seu apoio ao pronunciamento de Simon. Gerson Camata (PMDB-ES) criticou a falta de liberdade imposta a Cuba pela ditadura comunista.
18/11/2008
Agência Senado
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