Pedro Simon homenageia viúva de Tancredo



Ao lamentar o falecimento ocorrido na semana passada de Dona Risoleta, mulher do ex-presidente Tancredo Neves, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) observou nesta sexta-feira (26) uma estranha coincidência: ela morreu de diverticulite, a mesma doença que vitimou seu marido, impedindo-o de tomar posse em 15 de março de 1985.

Simon foi grande amigo e companheiro de Tancredo no movimento pela redemocratização. Em seu pronunciamento, ele rememorou a eleição de Tancredo para presidente, que veio a coroar a luta pela volta do regime democrático mas que, segundo observou, deixou -um travo amargo- em todos os brasileiros quando o presidente eleito não chegou a tomar posse, em função da necessidade de sua cirurgia e posterior falecimento.

O senador pelo Rio Grande do Sul lembrou a grande comoção de Dona Risoleta, quando, em Belo-Horizonte, um milhão de pessoas se juntaram na Praça da Liberdade, para acompanhar o cortejo fúnebre de Tancredo. Depois da morte do marido, recordou, ela recolheu-se à sua cidade, São João Del Rey (MG), mantendo -a discrição e humildade de uma grande mulher-.

Simon lembrou que, por patriotismo, Tancredo insistiu em tomar posse primeiro para cuidar de sua saúde depois, por temer que os militares não aceitassem como presidente seu vice, José Sarney, ou o presidente da Câmara, Ulysses Guimarães.

- Quis o destino que ele não vivesse para tomar posse, mas sua longa agonia garantiu que a democracia fosse consolidada na figura de Sarney presidente - concluiu.

Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) se solidarizou com a homenagem a Dona Risoleta e aos políticos brasileiros que, com talento de competência, conseguiram a volta da democracia. Para o senador Mão Santa (PMDB-PI), -Tancredo Neves se imolou pelo Brasil-.



26/09/2003

Agência Senado


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