Pedro Simon lamenta violência em manifestações



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) manifestou nesta quarta-feira (9) preocupação com o agravamento dos atos de violência em manifestações de rua e apoiou medidas para conter, dentro das normas democráticas, a situação que classificou como "verdadeira guerra". Ele sublinhou o consenso na sociedade de que a violência nos atos públicos é obra de "desordeiros, irresponsáveis, ou até apaixonados, mas errados".

- Eu creio que o governo vai agir. E este é o tipo de assunto em que governo e oposição têm estar juntos, no mesmo sentido, que é estabelecer a ordem e o respeito do povo - argumentou.

Simon cumprimentou o movimento dos jovens em todo o mundo, que resultou em feitos como a queda do presidente do Egito, Hosni Mubarak, a primeira eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos e a restauração da democracia no Brasil. O senador também ressaltou a importância dos protestos recentes pela condenação dos réus do mensalão e pela aprovação da Lei da Ficha Limpa, mas lamentou que, diante de reivindicações legítimas, a violência das manifestações sobressaia no noticiário.

- Eis que, de repente, quando a gente liga a televisão, a gente vê, no meio dos jovens, pessoas mascaradas, de preto, depredando e quebrando tudo, arrebentando com tudo. Mas o que é isso? - indagou.

Conforme lembrou Simon, os protestos violentos dos Black Blocs - que classificou como "inocentes, não, úteis, sim" - têm ocorrido em inúmeros países, mas opinou que não faz parte da ordem democrática o quebra-quebra e o confronto com a polícia. Ele questionou a aplicação da Lei de Segurança Nacional contra membros dos Black Blocs por considerar que isso conferiria indevidamente o estatuto de presos políticos aos manifestantes detidos, e declarou-se pessimista diante do que poderão resultar os repetidos atos de violência.

- Uma situação de medo e incerteza coletiva pode gerar soluções antidemocráticas, limitadoras das liberdades públicas.

Para Simon, são louváveis as providência anunciadas pelos governos de São Paulo e Rio de Janeiro para garantir a segurança em atos públicos, uma vez assegurada a liberdade de manifestação da juventude.



09/10/2013

Agência Senado


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