Pedro Simon lamenta rejeição de partido de Marina Silva



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O senador Pedro Simon (PMDB-RS) lamentou, nesta sexta-feira (4), a rejeição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do registro de criação do partido organizado por Marina Silva, a Rede Sustentabilidade. Apesar de declarar seu respeito pela decisão dos seis ministros que votaram contra, o senador disse que não é possível duvidar de que Marina tenha conseguido as assinaturas necessárias para o registro.

– Podemos estranhar que o Paulinho da Força, sozinho praticamente, tenha conseguido as assinaturas. Podemos estranhar que os donos do frigorífico aqui de Goiás, que ninguém sabem quem é nem quem não é, conseguiram as assinaturas. Mas alguém tem alguma dúvida de que a Marina conseguiu as assinaturas? – questionou.

O senador disse que fatos muito estranhos aconteceram e citou o dos municípios do ABC paulista, com prefeitos do PT.

– Por que os municípios do ABC, todos com prefeitos de um partido que não queria a candidatura da Marina, rejeitaram sem dar nenhuma explicação mais de 80% das fichas apresentadas? – indagou.

Simon disse que a candidatura de Marina à presidência da República seria importante para dar seriedade ao debate. Para o senador, ao constatar fraudes nas assinaturas para a Rede, o TSE deveria ter feito uma apuração de todas as assinaturas para saber se mesmo assim haveria número suficiente para registro do partido.

- Seria uma eleição excepcional. Não sei o que a senadora Mariana fará. Não tenho ideia, não conversei, mas para o Brasil não foi bom. Não foi positivo. Vamos ver qual é o próximo passo – lamentou.

O senador disse que vai rezar para São Francisco de Assis, celebrado hoje, para que Marina tome a melhor decisão.

Medidas Provisórias

Pedro Simon também criticou o trabalho dos parlamentares quanto às reformas política e eleitoral. Ele disse que a minirreforma eleitoral que foi aprovada pelo Senado não vai passar na Câmara.

O senador também criticou o abuso das medidas provisórias. Ele disse que o instrumento nem deveria existir no presidencialismo, mas já que existe, deveria tratar de apenas um assunto.

– E o governo manda uma medida provisória com dez, 15, 30 assuntos diferentes – afirmou.

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) concordou com Simon e disse que apresentou uma proposta de Emenda à Constituição para acabar com o instituto da medida provisória previsto na Constituição Federal promulgada em 1988.

– Mas não anda e não vai andar nunca, porque os governantes gostaram muito da medida provisória e ficou quase que essa imoralidade. Porque é um desrespeito ao Parlamento o Executivo ter mais direito do que nós de legislar. Do dia para noite você dorme com uma legislação e acorda com outra e ela passa a ter poder imediato – criticou Paim.



04/10/2013

Agência Senado


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