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Em discurso no Plenário nesta terça-feira (17), o senador Pedro Taques (PDT-MT) defendeu a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista para investigar a ligação de parlamentares com o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. O senador também defendeu a investigação das relações da Construtora Delta, uma das maiores do país, com o suposto esquema criminoso.

Pedro Taques disse que, no último fim de semana, a imprensa publicou notícias de que alguns senadores poderiam desistir de assinar o requerimento para criação da CPI. Ele disse esperar que os senadores não mudem de posição.

- Isso não é correto! A sociedade brasileira não quer pré-julgamentos, mas também não deseja que se tape o sol com a peneira – declarou Taques.

O senador lembrou que o Legislativo tem o papel de criar leis e de fiscalizar – sendo que a fiscalização é uma tarefa desempenhada pelas CPIs.

Na visão de Taques, o trabalho de uma CPI não pode ser dispensado em razão daquele que já está sendo feito no Judiciário ou no Conselho de Ética. Taques disse que são instâncias diferentes, com atribuições e objetivos distintos. Segundo o senador, o Conselho de Ética é para investigar quebra de decoro, enquanto uma CPI é para investigar fatos determinados.

- Temos uma cachoeira de fatos determinados que merecem uma investigação – disse Taques.

O parlamentar ainda acrescentou que, ao final de seus trabalhos, a comissão elabora um relatório que deve ser enviado ao Ministério Público, para as devidas providências. Uma CPI também pode enviar recomendações ao Executivo e apresentar projetos de lei ao Congresso Nacional.

Em aparte, o senador Jayme Campos (DEM-MT) elogiou o discurso do colega e disse que é preciso cobrar a instalação imediata da CPI. O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) afirmou que “muitas histórias precisam desvendadas” e a CPI seria o instrumento ideal para isso.

- Não creio que alguém pode querer, neste momento, frear esta CPI – disse Gurgacz.

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