Perillo admite criação de CPI para apurar o caso Varig



O presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), admitiu que o caso Varig "está longe" de ser esclarecido e disse que caberá aos líderes partidários decidirem ou não sobre a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI).

- Enquanto isso, esta comissão irá continuar a apurar as denúncias - anunciou Marconi Perillo.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) concordou, afirmando que as graves denúncias de favorecimento do processo de compra e venda da Varig e da VarigLog tendem a levar o Senado a instaurar a CPI.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) também defendeu a instalação de uma CPI para investigar a venda da Varig para o fundo norte-americano Matlin Patterson caso o advogado e compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva Roberto Teixeira mantenha a recusa em comparecer à CI, conforme fax encaminhado por ele ontem ao presidente da comissão.

Para Alvaro Dias, a CPI representará o cumprimento de dever de apurar e de responsabilizar civil e criminalmente "o escândalo de corrupção" que ocorreu na venda da companhia brasileira de aviação.

Roberto Teixeira foi convidado a retornar a CI nesta quinta-feira, mas disse que responderá por escrito aos questionamentos dos senadores. No último dia 19, ele veio à comissão, mas seu depoimento foi adiado a pedido da oposição, que alegou ser necessário ouvir no mesmo dia o depoimento de Roberto Teixeira e dos três sócios brasileiros na aquisição da Varig - Marco Antônio Audi, que depõe hoje, e Marcos Haftel e Luiz Eduardo Gallo, que alegaram estar sendo representados por Audi.

A CPI ouve hoje também o deputado do PDT Paulo Ramos, que presidiu a CPI da Varig na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro em 2006 e 2007.



03/07/2008

Agência Senado


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