Petróleo produz votos e denúncia
De janeiro de 1999 a dezembro próximo, os royalties do petróleo da Bacia de Campos terão derramado R$ 1 bilhão nos cofres de nove prefeituas fluminenses. Campos, Macaé, São João da Barra, Casimiro de Abreu, Búzios, Cabo Frio, Quissamã, Carapebus e Rio das Ostras exibem obras em profusão, gordas folhas de funcionários municipais e um volume de eleitores que, freqüentemente, quase empata com o total de habitantes.
Concursos públicos atraem multidões de candidatos de cidades vizinhas. A aplicação dos recursos tem suscitado denúncias constantes. A seção do Ministério Público Estadual que abrange a maioria dos municípios contabiliza 63 inquéritos sobre supostas irregularidades.
O Tribunal de Contas do estado, que deveria vigiar gastos dos prefeitos, transfere a responsabilidade para o Tribunal de Contas da União. Essa dúvida já completou um ano de vida. (pág. 1 e 18 a 20)
Como explicar que o empreendedor tenha se tornado o "self made man" do ódio? "Ele é o único líder islamita que aproximou grupos de todo o mundo sob o mesmo propósito", acredita Yossef Bodansky, diretor da força-tarefa antiterrorismo do Congresso dos EUA.
Ele escreveu o livro "Bin Laden, o homem que declarou guerra à América"", que chega ao Brasil esta semana. (pág. 1 e 15)
Enquanto o programa de despoluição, iniciado há sete anos, continua encalhado, há quem desfrute a belíssima vista do Rio e de Niterói passeando de barco por esse capricho da natureza. (pág. 1 e 25)
No fim de 1986, o Conselho de Segurança Nacional (CSN) sugeriu a expulsão de religiosos estrangeiros e a punição de brasileiros acusados de incitar a invasão de terras e seqüestros pelos índios.
Três estudos do Conselho, obtidos pelo "Jornal do Brasil", eram ilustrados com fotos e fichas de oito bispos tachados de "progressistas". Entre eles, figuravam dirigentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a cúpula da Igreja Católica.
A relação incluía dom Ivo Lorscheiter, então presidente da entidade, e dom Luciano Mendes de Almeida, o secretário-geral. (pág. 3)
O presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Franco Masserdotti, diz que as áreas indígenas na divisa amazônica prejudicam as relações entre os religiosos e os militares. Afirma que a campanha está voltada para "o respeito à dignidade e à diversidade" dos nativos. (pág. 3)
São dezenas de projetos de lei ainda em tramitação e propostas de mudanças na Constituição - além, é claro, das lembranças de superfaturamento de obras, fraudes no painel eletrônico do Senado e desvio de recursos de bancos públicos.
Uma proposta que irrita o Executivo é a adoção do Orçamento impositivo, parada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado desde 30 de maio. A idéia, deixada por Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), é obrigar a equipe econômica a cumprir na íntegra a proposta orçamentária aprovada pelo Congresso.
O modelo atual, chamado de Orçamento autorizativo, permite ao Planalto só liberar os recursos após muita negociação com os políticos. (pág. 4)
Quando o presidente Fernando Henrique Cardoso nomear um inventariante, nos próximos dias será dado início ao "extermínio" da autarquia que já foi motivo de desejos dos políticos do PMDB.
Todo o patrimônio será transferido para o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Denit), braço do Governo federal criado para tocar os projetos públicos do setor de transportes nacional. (pág. 24)
EDITORIAL
"Ocidente/Oriente" - O fechamento da embaixada no Paquistão rompeu o último canal de comunicação diplomática dos talibãs com o mundo, na antevéspera do fim da guerra que manteve o mundo em suspense. O próximo passo, quase a derradeira pincelada do conflito, é a tentativa de levar etnias e grupos políticos afegãos a criar em Bonn, na Alemanha, um conselho (shura) que supervisionará a transferência de poder para um governo de ampla representatividade. (...) (pág. 12)
COLUNAS
(Coisas da Política - Dora Kramer) - O novo ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, começa bem sua gestão ao pretender dar prioridade total à resolução do caso da cantora mexicana Gloria Trevi, que engravidou nas dependências da carceragem da Polícia Federal, em Brasília, em condições mais que nebulosas. Mais adequado é considerá-las tenebrosas.
Afinal de contas, não importa se Gloria foi estuprada ou relacionou-se sexualmente com alguém na cadeia de forma consentida. Isso é irrelevante, diante da evidência do abuso de poder que ocorreu nesse episódio. (...) (pág. 2)
(Informe JB - Ricardo Boechat) - Estatal de petróleo da Venezuela, a poderosa PDV voltou a cobiçar o Brasil.
Quer unir-se à Petrobras para construir uma refinaria no Nordeste.
Até agora, o projeto, de US$ 2 bilhões, não teve boa acolhida. (pág. 6)
11/25/2001
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