PF prende ex-dono e 5 executivos do Nacional








- PF prende ex-dono e 5 executivos do Nacional

- A Polícia Federal prendeu ontem o ex-controlador do Banco Nacional Marcos Magalhães Pinto e os ex-executivos do banco Clarimundo José de Sant´Anna, Arnoldo Souza de Oliveira, Omar Bruno Corrêa, Antônio Luiz Nicolau e Nagib Antônio. A prisão provisória foi decretada pelo juiz federal Marcos André Bizzo Moliari, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, responsável pelo inquérito que apura irregularidades no Banco Nacional, que está sob intervenção do Banco Central desde 95.

Segundo o juiz, os executivos foram condenados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e prestação de informações falsas. Molinari disse ainda que decretou a prisão para evitar que os acusados deixassem o País. Há duas semanas, ele fora consultado pelo Consulado Americano, onde Magalhães Pinto pedira a renovação do visto para os EUA.

Criticado pelos advogados de defesa, já que os executivos são primários e têm domicílio fixo, o juiz disse que a decisão teve como base a Lei de Crime do Colarinho Branco. (pág. 1 e 21 a 23)
- Promotor que acusou Fernandinho Beira-Mar e donos de postos de gasolina que vendiam combustível adulterado, Francisco José Lins do Rêgo Santos, de 43 anos, foi assassinado às 13h30 de ontem numa das esquinas mais movimentadas de Belo Horizonte. Dois rapazes numa moto dispararam 16 vezes contra ele, que parara num sinal de trânsito.

No ano passado, a Promotoria de Defesa do Consumidor, onde Francisco Lins estava lotado, determinou o fechamento de 22 postos de combustíveis em Belo Horizonte que estavam vendendo gasolina adulterada e sonegando impostos. (...) (pág. 1, 3 e 4)

- O Governo voltou atrás e não deu à Polícia Federal o poder de investigar qualquer seqüestro, só os motivados por causas políticas. Segundo a Advocacia Geral da União, a medida seria inconstitucional. Em São Paulo, a polícia investiga se dois criminosos presos na quarta-feira estão ligados à morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel. (pág. 1, 5 e 8)

- O PMDB cedeu ao PSDB seus horários de propaganda na TV nos dias 5, 7 e 9 de março. Como os tucanos vão apresentar um programa de 20 minutos no dia 6, a semana será dedicada ao pré-candidato José Serra. Em troca, o PMDB entrará no ar em 2, 4 e 14 de maio. (pág. 1 e 9)

- Autoridades continuam batendo boca enquanto crescem os casos de dengue: já são 2.338 no município do Rio, com cinco mortes. O prefeito Cesar Maia acusou Sério Arouca, seu ex-secretário de Saúde, de ocultar o número de casos. Arouca disse que a epidemia tem nome e sobrenome: Cesar Maia. (pág. 1 e 12)

- Os EUA analisam medidas punitivas contra o líder Yasser Arafat e podem cortar relações com a Autoridade Nacional Palestina, acusada de envolvimento no contrabando de 50 toneladas de armas que estavam no navio "Karine A". Um homem-bomba feriu 26 pessoas ontem em Tel Aviv. Israel respondeu bombardeando Tulkarem e Gaza. (pág. 1 e 21)

- O Fundo Monetário Internacional reavaliou o déficit fiscal da Argentina, que deve ter ficado em US$ 16 bilhões em 2001. O governo argentino já teria fechado um acordo com os governadores para reduzir o repasse às províncias e equilibrar o Orçamento, que sofrerá um corte de US$ 8 bilhões em 2002. A população voltou às ruas para protestar contra o "corralito". (pág. 2 e 24)

- A taxa média de desemprego no País caiu de 7,1% em 2000 para 6,2% em 2001, mostra pesquisa do IBGE. Segundo o Instituto, entretanto, apesar da queda, o mercado de trabalho piorou, com mais pessoas desistindo de procurar emprego. De janeiro a novembro, em comparação com o mesmo período de 2000, o trabalhador perdeu 3,4% na renda. (pág. 2 e 28)

- O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse ontem, na reunião do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, que anteontem um assessor do seu gabinete recebeu um telefonema de alguém que se identificou como ex-membro da quadrilha que teria matado o prefeito de Santo André, Celso Daniel. Essa pessoa teria dito que trabalhava numa empresa de locação de automóveis e costumava fazer serviços para a quadrilha.

Segundo Eduardo Suplicy, a conversa durou cinco minutos e as informações foram repassadas ao Ministério da Justiça e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. (...) (pág. 5)

- O presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou ontem uma campanha de alto nível tanto dos candidatos da base quanto dos da oposição. Ele elogiou o pacto de não-agressão proposto pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e pediu que a boa convivência prevaleça não apenas nas relações entre os candidatos governistas, mas também com os da oposição.

Diante do clima de disputa que se instalou na base ele propôs que a disputa ocorra num ambiente político saudável, sem ameaças às instituições. (...) (pág. 9)

- Tucanos e pefelistas duvidavam ontem da possibilidade de aproximação do ministro da Saúde, José Serra, com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Alguns já nem dão como muito certo o encontro dos dois, marcado para a próxima semana. Acreditam muito menos na costura de uma aliança no primeiro turno. A tendência é que os ânimos fiquem acirrados. (...) (pág. 10)

- O ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, lançou ontem um site (www.raul2002.com.br) para divulgar sua pré-candidatura à Presidência da República pelo PMDB.
Com o título "Navegar é preciso", a página na Internet contém o currículo do ministro e explica as razões que o levaram a se candidatar. Há fotos de sua trajetória política e um canal de contato com os internautas. (...) (pág. 10)

- (São Paulo) - O presidente do PT, deputado José Dirceu (SP), saiu ontem otimista do encontro que manteve com o governador de Minas Gerais, Itamar Franco. Ele disse ter certeza de que Itamar estará com os petistas caso não seja indicado na pré-convenção do PMDB para disputar a sucessão de Fernando Henrique Cardoso. Itamar disputará as prévias junto com o senador Pedro Simon (RS) e com o ministro Raul Jungmann, do Desenvolvimento Agrário. (...) (pág. 10)

- O ministro do Planejamento, Martus Tavares, já avisou aos políticos: o total de recursos retidos do Orçamento deste ano deverá ser de R$ 10 bilhões, mais da metade da previsão de investimentos (R$ 17,6 bilhões). Ao longo da semana, os técnicos da equipe econômica reavaliaram despesas e receitas para este ano e concluíram que os gastos excedem a perspectiva de arrecadação em R$ 10 bilhões. (...) (pág. 11)

- O impacto de um corte de R$ 10 bilhões no Orçamento, em ano eleitoral, só não vai ser mais devastador para o Governo por uma razão: a gorda reserva herdada do Orçamento do ano passado. Para este ano, o total de recursos inscritos em restos a pagar (dinheiro previsto no orçamento anterior e executado no ano seguinte) supera R$ 21 bilhões, R$ 9 bilhões a mais do que no ano passado. É esse dinheiro que vai garantir os gastos com investimentos nos primeiros meses do ano. (...) (pág. 11)

- (Montevidéu) - Acossado pela crise econômica na Argentina e pela queda do comércio com o Brasil, o governo prepara um forte ajuste fiscal ao mesmo tempo em que enfrenta uma onde de manifestações sindicais reivindicando uma mudança em sua política econômica.

O presidente Jorge Battle anunciou ontem que está negociando com seus aliados do Partido Nacional para conseguir respaldo para o seu pacote de medidas, que inclui o aumento de impostos, segundo o governo. (...) (pág. 25)

- Como parte das medidas de reestruturação do setor de energia elétrica, a Câmara de Gestão da Crise da área, a GCE, baixou ontem a resolução pela qual estabelece novas diretrizes e critérios para calcular o custo da energia vendida no mercado atacadista.

Entre as principais mudanças, está a redução do preço máximo a que pode chegar a energia vendida no mercado livre, que caiu de R$ 684 o megawatt (MW) para R$ 350, uma redução de 48,8%.

Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e membro do GCE, José Guilherme Almeida, as novas regras evitarão que o preço da energia livre chegue a patamares elevados em caso de racionamento. (...) (pág. 26)

- O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que está nas mãos do Congresso achar uma fórmula para compensar a queda de arrecadação provocada pela correção da tabela de dedução do Imposto de Renda da Pessoa Física em 17,5%. A saída encontrada pelo Governo foi o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), cobrada das empresas prestadoras de serviços, que foi rechaçada pelos parlamentares.

"Pedi aos líderes dos partidos, que estão conversando com o Governo, que vejam uma fórmula melhor que esta. Havendo, tudo bem. Não havendo, quem não tem cão caça com gato", disse o Presidente. (...) (pág. 28)


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO – Diana Fernandes

Não há mais tempo a perder é o que dizem a cada dia que passa os tucanos sobre a pré-candidatura do ministro da Saúde, José Serra. E o ministro já adotou com vontade o figurino de presidenciável. A começar pela maratona de viagens aos estados. Segunda-feira, ao lado de Fernando Henrique, estará em Pernambuco; no dia seguinte, em Alagoas e na quarta, em Mato Grosso. (...) (pág. 2)

(Ancelmo Gois) - Um brasileiro faz parte do conselho da Enron, a agonizante gigante americana que mantinha relações promíscuas com a administração Bush.

É o executivo Paulo Ferraz, que presidiu o Banco Bozano, Simonsen. Ferraz integra também o comitê de auditoria da mamute. (pág. 16)


Editorial

“O CAMINHO CERTO”

Afirmar que penas mais severas reduzirão significativamente o nível de violência e criminalidade no País equivale a admitir que a principal consideração dos criminosos, ao decidir cometer um crime, é o número de anos que arriscam ficar na cadeia. É evidente que as coisas não se passam assim, que é a certeza e não o tamanho da punição que tem o verdadeiro poder dissuasório.

O que significa que é preciso, primordialmente, intensificar o policiamento nas ruas e equipar melhor, em todos os sentidos, as polícias. (...)

Para combater a criminalidade, muitas medidas adequadas também estão, como sempre se soube, na área da prevenção. (pág. 6)


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01/26/2002


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