PFL prestigia Roseana, mas o desembarque é preparado









PFL prestigia Roseana, mas o desembarque é preparado
Abalado com denúncias e queda nas pesquisas, partido ainda diz que candidatura está mantida .

Enquanto internamente prepara o desembarque da candidatura ao Planalto da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, o PFL, externamente, tenta mostrar que continua engajado na campanha, mesmo com a queda nas pesquisas eleitorais e com denúncias ainda não explicadas sobre desvio de verbas na extinta Sudam.

Ontem, o presidente do partido, Jorge Bornhausen, disse que a candidatura está mantida. Segundo Bornhausen, o partido mantém as posições tomadas na quinta-feira passada, em Brasília, quando decidiu se afastar do governo por pressão do grupo Sarney.

O presidente do PFL negou também que o partido estaria estudando um plano B – uma candidatura alternativa –, uma possível aproximação com candidatos de outros partidos, ou uma reaproximação com o governo federal.

Bornhausen acusou o ministros da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, de não tomar providências para apurar o vazamento das informações sobre o inquérito contra a governadora, Mas poupou, no entanto, o presidente Fernando Henrique Cardoso, que, segundo ele, não teve nenhuma responsabilidade no episódio.

Uma decisão do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, deve adiar por pelo menos um mês o reinício das investigações da participação da empresa Lunus, de propriedade da governadora Roseana Sarney , em irregularidades na extinta Sudam.

Brindeiro disse ontem que, por enquanto, não vai pedir ao Superior Tribunal de Justiça que abra um inquérito contra Roseana. O procurador-geral decidiu que até amanhã encaminhará parecer ao STJ sobre a reclamação dos advogados da governadora que querem transferir o caso da Justiça de Tocantins para o STJ.


Serra oferece vaga de vice ao PMDB
O PSDB e o PMDB avançaram na montagem de uma aliança oficial entre os dois partidos na corrida sucessória. Assim que recebeu os resultados das pesquisas eleitorais, dando conta de que sua candidatura saltara do quarto para o segundo lugar, logo atrás do PT, o candidato do PSDB à Presidência da República, senador José Serra, marcou um jantar com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer.

O encontro serviu para que o tucano reafirmasse a disposição de fechar a chapa presidencial com um candidato a vice do PMDB, que poderia ser Temer. Mas o compromisso ainda não foi selado.

O crescimento rápido nas pesquisas de intenção de voto surpreendeu até o candidato. Em conversas com companheiros de PSDB, Serra deixa claro que recebe com cautela os resultados de consultas populares feitas a sete meses da eleição.

Temer lembrou a Serra, no jantar, a cúpula simpática à sua candidatura conseguiu derrotar, na convenção nacional da última sexta-feira, as prévias que escolheriam o candidato próprio do PMDB a presidente.


Olívio Dutra de novo na berlinda
A Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, que pediu o impeachment do governador petista Olívio Dutra, acusado de receber doações de bicheiros, abriu uma nova frente para fustigar o governo. Ontem foi instalada a Subcomissão Mista Integrada do Caixa Único.

Escolhido relator, o deputado Bernardo de Souza (PPS) quer esclarecer o destino do R$ 1,38 bilhão, já sacado do caixa único, e como o Executivo pretende repor este dinheiro até o final da administração atual, em dezembro.

O caixa único foi criado em 1991, no governo de Alceu Collares (PDT). Trata-se de uma conta que recebe os recursos de todos os órgãos, programas e fundos do governo estadual, no final do dia, devolvendo-os na manhã seguinte. O sistema também admite, no entanto, que o saldo de suas contas vinculadas seja sacado e usado no pagamento de outras despesas, desde que haja a posterior devolução.

O relator da subcomissão afirma que houve saques de dinheiro dessas contas vinculadas que não foram aplicados em seus fins específicos.


Mudar de emprego é sonho para 94,4% dos brasileiros
Se pudessem, diz um levantamento internacional, os trabalhadores deixariam cargos ainda este ano

Os profissionais brasileiros estão insatisfeitos. Pesquisa realizada pela Bumeran, empresa de soluções tecnológicas para Recursos Humanos, mostra que 94,4% dos trabalhadores estão dispostos a mudar de emprego ainda este ano. É o maior índice entre os seis países pesquisados. Além do Brasil, foram entrevistados profissionais na Argentina, Chile, Espanha, México e Venezuela. O grau de insatisfação geral, considerando todos eles, alcança 87% dos trabalhadores que responderam à pesquisa.

Tanta insatisfação pode estar diretamente ligada a um outro dado revelado pela pesquisa. Mais de 90% dos profissionais estão insatisfeitos com suas remunerações. No Brasil, o percentual chega a 95%.

Milton Lopes, country manager da Bumeran Brasil, considera o resultado surpreendente e acredita que pode servir de alerta para as empresas. "A relação empresa/profissional deve ser constantemente revisada", avalia. Ele lembra que, do ponto de vista psicológico, o brasileiro é um eterno insatisfeito. Está sempre em busca de uma vida melhor. Aliado a isso, o profissional tem dificuldades para ascender financeiramente já que, em sua maioria, os países pesquisados se encontram em recessão, caso mais fortemente constatado na Argentina. "A conseqüência é uma perda salarial, que muitos acreditam pode ser superada com uma mudança de perspectiva profissional", afirma.

A pesquisa, realizada em fevereiro com 9.400 profissionais e 500 empresas dos seis países, analisou ainda as perspectivas no mercado de trabalho. Entre as empresas, 35% afirmaram ter intenção de fazer contratações este ano, contra 35% que não pretendem investir em novos profissionais e 30% que se mostraram indecisos. No Brasil, 33% das empresas pretendem contratar, 31% não têm planos neste sentido e 25% não souberam se posicionar.

Opção de estudo ignora mercado
Uma segunda pesquisa, divulgada em dezembro pela Bumeran e feita nos mesmos seis países, apresenta as tendências de mercado e áreas de interesse dos profissionais. O resultado mostra os pontos em comum entre a oferta e a procura em cinco diferentes áreas de atuação.

No Brasil, a Bumeran constatou que 27% dos entrevistados buscam empregos na área comercial, percentual equilibrado com o da oferta (25%) de vagas no ramo. O setor de recursos humanos segue a mesma tendência – 17% dos profissionais gostariam de trabalhar nessa área e 20% das empresas procuram profissionais com esse perfil.

A oferta é bem maior do que a procura na área de sistemas, que envolve todos os ramos tecnológicos. Neste setor, 25% das empresas têm vagas abertas enquanto apenas 17% dos profissionais procuram por cargos, apresentando uma clara tendência de crescimento e boas ofertas. A mesma realidade é encontrada na área de marketing, com 25% das empresas ofertando postos contra 12% de procura.

Na área de administração e finanças, no entanto, a realidade é bem diferente. O mercado apresenta uma certa saturação - 25% dos profissionais procuram vagas no setor, cuja oferta não passa de 5%. Para Milton Lopes, country manager da Bumeran, isso mostra que muitas pessoas ingressam nas faculdades mais por afinidade do que por uma análise de mercado. Para elas, a saída é buscar cada vez mais se atualizar e aprimorar em cursos de extensão.

Para Lopes, independente do nível de qualificação, o profissional deve sempre estar atento à atualização e às novas oportunidades.

Melhorar de vida, objetivo maior
Melhorar de vida é a expressão usada pela maior parte dos trabalhadores para definir seu objetivo ao buscar novas colocações. São pessoas como José Almeida, 35 anos, que trabalha h á dois anos com serviços gerais, e espera, como indica a pesquisa da Bumeran, encontrar outro emprego ainda este ano.

Almeida não está procurando aleatoriamente. Ele se preparou para a mudança. Fez um curso de vigilante e está, agora, visitando as empresas do ramo. "Fiz uma pesquisa e, se conseguir uma vaga, vou ganhar pelo menos o dobro do meu salário atual", afirma. Segundo ele, a especialização, com a realização de um curso como o que fez, é fundamental. "Certamente, vai facilitar a mudança", acredita.

Casado e com uma filha, Almeida pretende insistir na nova profissão, mesmo que demore a encontrar uma vaga. "Tenho certeza que este ano acho um novo emprego", diz, esperançoso.

A mesma intenção tem a servente Joana D'Arc Bispo da Silva, 25 anos. Ela, porém, sabe que não será fácil uma troca de emprego agora. Casada e com dois filhos, Joana diz não encontrar tempo para investir em uma profissão. Sua intenção é trabalhar com informática, depois que fizer um curso de computação. O problema é que não há previsão para que isso ocorra. "Acho importante lutar sempre por uma coisa melhor. É preciso investir. O difícil é conseguir fazer tudo ao mesmo tempo: cuidar da família e da casa, trabalhar e ainda me preparar para uma nova profissão", resume Joana D'Arc.

As dicas para conseguir um emprego melhor
  • Busque sempre novas capacitações profissionais, como cursos de especialização.

  • Procure, ainda que dentro da empresa onde trabalha, adquirir conhecimentos em áreas requisitadas pelo mercado, como informática.

  • Nunca rejeite oportunidades de treinamento, qualificação e aperfeiçoamento, como cursos internos, mesmo que em setores diferentes.

  • Informe-se com precisão a respeito da qualificação exigida para o posto ou função que deseja.

  • Mantenha sempre, pronto, um currículo simples, mas que mostre tudo o que você sabe fazer, pois as oportunidades podem surgir a qualquer momento.

  • Procure estar em contato com o mercado da área em que gostaria de trabalhar: converse com profissionais que já estejam nessa área, conheça o que se está pedindo para admissão de funcionários e acompanhe a eventual abertura de vagas.

  • Dentro da empresa em que já trabalha, torne claro que se dispõe a mudar de atividade e mesmo de horário, caso o novo serviço corresponda melhor às suas aspirações ou aptidões.

  • Evite, dentro da empresa em que trabalha ou mesmo fora, atritos que possam levar a uma preterição caso surja a vaga que você desejaria.

  • Faça o que puder para não ter fama de criador de caso, por um lado, ou de carreirista, por outro, pois esses são os caminhos mais seguros para ser rejeitado.

  • Se estiver apenas descontente, mas não tenha uma alternativa concreta em vista, procure informar-se, em jornais ou em publicações especializadas, sobre as oportunidades que estão surgindo.

  • Dedique uma parte de seu tempo, todos os dias, a buscar informações e, principalmente, a fazer contatos na área em que deseja trabalhar.

  • Não rejeite uma oportunidade de trabalho em área que considera promissora por ser baixo o salário: é preferível fazer o que gosta e negociar aumentos mais tarde.

  • Leve em conta que, fazendo o que gosta, sempre terá mais possibilidade de mostrar competência e de fazer carreira.

  • Nunca demonstre insegurança.


    Assalariado ainda paga mais IR do que deveria
    Correção da tabela em apenas 17,5% faz trabalhador que ganha R$ 2 mil recolher R$ 840, em vez de R$ 242.
    O trabalhador brasileiro continua pagando a conta. A correção de apenas 17,5% na tabela para cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Física, depois de seis anos de congelamento, reduziu menos do que deveria a carga tributária sobre o assalariado. O trabalhador continua pagando mais imposto do que deveria. Afinal a tabela deveria ter sido corrigida em 46% - variação da inflação no período de 1997 a 2001 - e o governo fez o acerto em apenas 17,5%.

    Para completar, os novos valores de desconto só começaram a valer a partir de janeiro deste ano, para o imposto recollhido na fonte. A tabela que serve de base para a declaração de ajuste, que já está sendo feita pelos contribuintes, não teve qualquer alteração. Ela só será reajustada em 2003.

    "A correção não acaba com a injustiça e o confisco fiscal a que está submetido o trabalhador brasileiro. Os assalariados pagam mais do que devem", critica o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Sindical), Paulo Gil Introíni.

    Um estudo feito pela Unafisco, que está sendo distribuído a parlamentares, mostra que só com o congelamento da tabela de Imposto de Renda de Pessoa Física o governo aumentou a arrecadação, em cima dos trabalhadores, em R$ 14,5 bilhões, de 1997 a 2001.

    "Desde 1995 foram feitas alterações na legislação que só beneficiaram instituições financeiras e a elite. Os contribuintes de baixa renda foram sempre prejudicados", argumenta o presidente da Unifisco lembrando a redução nas alíquotas do Imposto de Renda das empresas, a redução nas multas por infração e a criação do Refis, programa de refinanciamento das dívidas das empresas a longo prazo.

    De acordo com o estudo da Unafisco, o congelamento da tabela afetou mais diretamente as faixas de menor renda, uma vez que mais de dois terços dos contribuintes do imposto ganham até R$ 1.500 por mês.

    As simulações da Unafisco mostram que se a tabela tivesse sido corrigida em 35,29% em 2001 quem recebia salário de R$ 2 mil e tinha três dependentes teria pago apenas R$ 468 de imposto. Mas sem a correção acabou recolhendo aos cofres do fisco R$ 1.211.

    Este ano a conta também será alta, mesmo com a correção dos 17,5%. O mesmo trabalhador vai pagar até o final do ano R$ 840 de imposto. Se a correção tivesse acompanhado a inflação, de 46%, o imposto devido seria de menos da metade, ou R$ 242, segundo as contas da Unafisco.

    A garfada no salário do trabalhador alcançou também quem ganha mais, apesar de ser mais voraz nos menores. Salários de R$ 10 mil pagaram durante o ano passado 9,9% a mais do que deveriam se o governo tivesse ajustado a tabela aos índices de inflação. Este ano não será diferente. A perda estimada é de 8,3% para o trabalhador com renda de R$ 10 mil e três dependentes.


    Está cada vez mais fácil comprar telefone fixo
    Quem mora no Distrito Federal nunca contou com tantas facilidades para comprar uma linha telefônica fixa como agora. Além da expansão das redes e do barateamento das linhas, fenômeno que vem ocorrendo há alguns anos, a entrada da GVT no mercado de companhias telefônicas, fazendo concorrência com a Brasil Telecom, e a disponibilização de fixos pré-pagos, abriu um leque de opções para o usuário.

    "A situação hoje no Brasil é diferente de quatro anos atrás. Antigamente, você comprava uma linha telefônica. Hoje, a telefonia é um serviço que você contrata, e a qualquer momento pode trocar a empresa prestadora", diz o diretor regional de Centro Oeste e Norte da GVT, Ayrton Capella, explicando a razão do aumento da qualidade dos serviços.

    Há pouco mais de um ano no Distrito Federal, a GVT já conta com 40 mil linhas instaladas, e com uma capacidade disponível para 60 mil novos clientes. "Até o final deste ano, vamos ter investido R$ 300 milhões no DF. Acreditamos no potencial da cidade", afirma Ayrton.

    Para não perder sua fatia do mercado, a Brasil Telecom – com mais de 1 milhão de clientes – lançou, no início do ano, o sistema de telefonia pré-pago. A intenção é alcançar as classes média e baixa, que podem, assim, ter um melhor controle sobre suas contas telefônicas.


    Artigos

    O império dos eufemismos Sylvio Guedes

    Há tempos, um irado jornalista produziu meia página na revista Veja para criticar o personagem Pitbicha, de Tom Cavalcante, e seu fiel escudeiro Pitbitoca. Não condenava os personagens por serem sem graça, mas porque eles faziam uma paródia dos homossexuais.

    É o cúmulo da patrulha politicamente correta. Se esses caras pudessem, provavelmente censurariam qualquer manifestação artística, cômica ou não, que fosse contrária, ou quem sabe apenas não alinhada, às suas convicções pessoais.

    Há expressões que carregam preconceito, isso é inegável, mas não se pode agora transformar humor em mau humor. Fazer rir muitas vezes envolve dar ares de ridículo, caricaturar o objeto, acentuar seus defeitos e idiossincrasias. Isso se faz por toda a parte, mas volta e meia um grupo se acha no direito de cercear o direito de criação alheio com um discutível discurso politicamente correto.

    Lembro-me que, há alguns anos, o programa Casseta e Planeta foi impedido pela Justiça de veicular um quadro sobre hospitais porque o sindicato dos médicos de Brasília achou que era ofensivo à categoria. Ano passado, os enfermeiros embargaram a publicação de um ensaio na Playboy com a "Enfermeira do Funk". Outra patuscada.

    Estamos aí cheio de exemplos da perniciosidade que o "politicamente correto" pode embutir. Nos Estados Unidos, os conflitos e a tensão raciais muito mais agudos do que no Brasil geraram eufemismos absurdos, do tipo afro-americano, para denominar as pessoas que antes eram chamadas de negras; asiático-americano, para açambarcar em uma só expressão imigrantes e/ou filhos de imigrantes chineses, vietnamitas, japoneses, coreanos...; e até os hispânicos, categoria que engloba desde mexicanos até cubanos, passando por colombianos e portorriquenhos.

    Tudo isso não alivia a tensão nem oblitera os preconceitos, mas é material farto para os apóstolos do politicamente correto. Só que, como efeito colateral, esse caldo de novas definições apenas acirrou os ânimos e transformou tudo, ou quase tudo, nos Estados Unidos em uma discussão étnica.

    Chega-se ao absurdo de presumir inocência ou vislumbrar complôs sempre que um negro é preso por um branco, não importando se ele é culpado ou não. Aliás, Tom Wolffe, em seu célebre Fogueira das Vaidades, mostrou muito bem esse cenário dantesco na Nova York dos yuppies, dos ativistas negros e dos promotores carreiristas.

    A pressão dos politicamente corretos já transfornou cegos em deficientes visuais, paraplégicos em portadores de dificuldades locomotoras, mendigo em sem-teto e prostituta em profissional do sexo. Agora, com a carga contra o humor, vão acabar proibindo até piada de gaúcho ou de português.


    Colunistas

    CLÁUDIO HUMBERTO

    Serra teme Ciro. Te cuida, Ciro
    Nem Lula, nem Garotinho: agora, quem tira o sono do tucano José Serra é Ciro Gomes (PPS). Pesquisas qualitativas encomendadas pelo PSDB, mantidas a sete chaves, mostram que Ciro mais reúne possibilidades de crescimento, no mesmo eleitorado pretendido por Serra. Ciro Gomes foi quem mais cresceu, nas pesquisas de ontem, guardadas as proporções. Depois da operação que demoliu Roseana Sarney, Ciro que se cuide.

    Microsoft na moita
    A operação de capitalização da Globocabo, que aliás foi antecipada pelo jornal O Dia em 10 de janeiro, leva o mercado a uma certeza: no mínimo, a Microsoft já teria assinado um memorando de intenções como sócio estratégico, por isso aguarda - em silêncio - a aprovação da emenda constitucional que abre empresas de comunicação ao capital estrangeiro.

    Dourando o plim-plim
    A estratégia de salvação da Globocabo passa pela conversão em capital de debêntures em poder dos sócios e empréstimos destes. É para dourar a pílula: melhorar índices de alavancagem financeira, endividamento com terceiros e liquidez, tornando-a apetitosa. Mas o mercado não é bobo: as ações da Globocabo caíram 9,85% ontem, no primeiro dia da operação.

    Novo nome
    Após o Proer do BNDES para salvar a Globocabo, a empresa poderia mudar de nome. Para ser mais transparente, que tal Globocabo-eleitoral?

    Pensando bem...
    ...dizendo que se elegeria sem o PFL, FhC cuspiu no prato que quebrou.

    Mais um araponga
    Surge outro araponga suspeito de bisbilhotar a vida de Roseana Sarney. Além de Gercy Firmino da Silva ("Jota Cristo" ou "Cabo Velho") e Edgar Lange Filho (o "Alemão"), ambos da Agência Brasileira de Inteligência, e José Heitor (dono da empresa de segurança Interfort). Trata-se, segundo o PFL, de "Jonathan", agente da Polícia Federal e ex-segurança de FHC.

    Produção de Dossiês S.A.
    A direção do PFL soube que 40 arapongas trabalham para José Serra em São Paulo. E utilizariam as instalações, na capital paulista, do Ministério da Fazenda, chefiado por um inimigo de Serra, Pedro Malan.

    Reunião histórica
    Será na casa de Leonel Brizola, domingo, a reunião entre os candidatos Roseana Sarney (PFL) e Ciro Gomes (PPS). Entre os pefelistas, só o vice Marco Maciel não está gostando dessa história. Os demais, amam.

    Sucesso da truculência
    João Claudino, dono do maior grupo empresarial do Piauí, o Sucesso, que contribui para o fracasso da candidatura de Roseana Sarney, ficou conhecido pela truculência com que sempre tratou os clientes. Quem comprava na sua rede de lojas Armazém Paraíba e atrasava as prestações, recebia a "visita" e os sopapos de corpulentos "cobradores".

    Horror a pobre
    FhC diz que o FMI trata os países latinos como se fossem analfabetos. Uma injustiça. O Fundo Monetário Internacional não tem nada contra os analfabetos. Eles não gostam mesmo é de pobres.

    SS vem aí
    Se o PFL convidar mesmo Sílvio Santos, o criador da "Casa dos Artistas" topa a candidatura a presidente. Ele admitiu a possibilidade em conversa com um amigo, em Nova York, conforme esta coluna revelou em 16 de janeiro. Na ocasião, ele estava empolgado com uma pesquisa Datafolha que indicava sua vitória sobre Lula do PT.

    Dupla
    O PFL tem um carta na manga que considera supimpa: além de Sílvio Santos para presidente, César Maia, o prefeito maluquinho, para vice.

    Produção recorde
    Mas, afinal de contas, para que serviram os financiamentos da Sudam? Segundo as investigações do Ministério Público Federal, serviram para financiar uma grande safra de "laranjas".

    Cantiga de roda
    Roseana de Jesus, de uma queda foi ao chão. Acudiram três cavalheiros, todos três chapéu na mão. O primeiro foi seu pai, o segundo seu irmão. O terceiro foi aquele que assumiu a confusão.

    Outro palácio
    O jornal espanhol El Mundo acertou no atacado e errou no varejo. Disse que a investigação policial na Lunus, de Jorge Murad, "indica que o empresariado decidiu frear, a qualquer preço, a ascensão do trabalhista (Lula) ao palácio do Itamaraty" (sic). Eles não sabem o que publicam.

    Até tu, PT?
    Dia sim, outro também. Anteontem balas de borracha feriram quatro dos 500 manifestantes que protestavam no rio Uruguai contra a barragem de Barra Grande (RS). Ontem, a Brigada Militar do governador Olívio Dutra impediu, na porrada, que centenas de atingidos por barragens participassem de uma audiência pública da Aneel, em Porto Alegre.

    Uma questão de cabo
    Quatro PMs da segurança da prefeita de Magé, Narrimam Zito (PSDB-RJ), foram transferidos para outro município, a pedido da deputada Núbia Cozzolino (PTB). Narriman nunca pensou que Garotinho atendesse à sua desafeta. E pior: perdendo o cabo Edson, o seu protetor favorito.

    Poder sem pudor

    Oportunidade, houve
    Por volta de 1930, José Luís da Rocha era prefeito de Poço Verde (SE). Certa tarde, à porta da prefeitura, foi interpelado por um eleitor:
    - Seu prefeito, o sr. está meio envelhecido. Quantos anos o sr. tem?

    - Setenta.

    - Ora, veja só eu tenho 55, o senhor é quinze anos mais velho do que eu e poderia ser meu pai.
    O prefeito, inclemente:

    - E não fui porque não quis. Oportunidade não me faltou.


    Editorial

    HIGIENE E SAÚDE PÚBLICA

    A instalação da fábrica de latas -Latasa na área industrial do Gama comprova definitivamente o acerto do atual governo do Distrito Federal em investir em um novo perfil para Brasília. Mas a nova indústria representa muito mais que os mais de 500 empregos que estão sendo criados, pois vai trabalhar com reciclagem de alumínio, o que representa milhares de postos de trabalho de pessoas que devem se unir em cooperativas, além de trazer benefícios para o meio ambiente.

    A presença da Latasa pode ajudar a criar uma mentalidade ecológica importante na população do Distrito Federal, tomando como base o aproveitamento de latas usadas para a fabricação de novas. Resta ao governo aproveitar a oportunidade para lançar uma campanha que conscientize a população da necessidade da higiene e dos cuidados com o meio ambiente, não apenas para evitar o reaproveitamento de materiais recicláveis, mas também para manter as cidades limpas.

    Independentemente da falta de lixeiras em todos os cantos, não se justifica que a cidade seja emporcalhada diariamente por cidadãos que não estão suficientemente informados sobre os prejuízos da falta de higiene, como se verifica hoje no caso do dengue. Cidade limpa é educação. E este é um trabalho que deve ser feito ao lado da manutenção dos garis.


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    03/14/2002


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