PITTA NEGA QUE ACM TENHA FEITO PRESSÃO PARA QUE PREFEITURA PAGASSE OAS
O prefeito de São Paulo, Celso Pitta, negou, nesta quarta-feira (dia 22), que o presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, tenha feito gestões, por meio do ex-senador Gilberto Miranda, para que a Prefeitura de São Paulo liberasse pagamentos atrasados em favor da empresa OAS. - Eu nunca recebi qualquer telefonena nesse sentido. Essa conversa nunca existiu e, portanto, são inverídicas as informações dando conta de que o presidente do Senado tenha solicitado a liberação de recursos - disse o prefeito.Celso Pitta fez essa declaração ao participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE). Ele foi convidado para prestar esclarecimentos sobre o processo de refinanciamento da dívida do município de São Paulo com a União. Pitta constestou os dados apresentados pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) referentes à renegociação da dívida do município de São Paulo. Citando dados do Instituto Florestan Fernandes, o parlamentar informou que a Prefeitura não teria como pagar a amortização antecipada prevista, de R$ 2,1 bilhões, com a venda de ativos do município. Esses ativos, segundo o senador, não valeriam, juntos, mais de R$ 200 milhões. O prefeito contestou os dados, afirmando que uma auditoria independente avaliou uma única empresa de turismo do município em US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 432 milhões).O autor do requerimento para a vinda de Pitta à comissão, senador Osmar Dias (PSDB-PR), indagou quanto foi incluído na rubrica "restos a pagar" - que são transferidas de um ano para o outro - no orçamento do ano passado. O prefeito não soube responder, mas afirmou que o balanço da Prefeitura será publicado até o fim do mês.
22/03/2000
Agência Senado
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